O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta sexta-feira (01) que irá se encontrar com o ditador da Coreia do Norte, Kim Jong-un, em 12 de junho em Singapura, conforme havia sido combinado no início de maio.
“Acho que provavelmente será um processo muito bem-sucedido”, disse a repórteres no gramado da Casa Branca. A decisão foi anunciada após seu encontro com o “segundo em comando” da Coreia do Norte, Kim Yong-chol, no Salão Oval.
Trump disse também que não aplicará mais sanções à Coreia do Norte enquanto durarem as negociações sobre o programa nuclear do país asiático, e afirmou que espera que chegue o dia no qual possa “suspender” todas as sanções ao regime liderado por Kim Jong-un.
“Tínhamos centenas de sanções novas preparadas para serem implementadas (…), mas disse que não vou impô-las até que as conversas terminem”, disse.
Quando perguntado sobre o comprometimento de Pyongyand com a desnuclearização, o presidente americano afirmou: “Eu sei que eles querem fazer isso”. “Eles querem se desenvolver como país”, completou.
Kim Yong-chol, que viajou para Washington depois de dois dias de reuniões em Nova York com o secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, entregou uma carta de Kim Jong-un para Trump.
Na mensagem, segundo antecipou o jornal The Wall Street Journal, o líder norte-coreano expressou seu interesse em reunir-se com Trump, sem fazer concessões nem ameaças.
A cúpula de Trump e Kim será a primeira vez na história em que os líderes de Estados Unidos e Coreia do Norte se reunirão após quase 70 anos de conflito, que começou com a Guerra da Coreia (1950-1953), e de 25 anos de negociações fracassadas sobre o programa nuclear de Pyongyang.
A visita de Kim Yong-chol também é a primeira de um alto funcionário norte-coreano à Casa Branca desde 2000, quando o chefe do exército da Coreia do Norte, Cho Myong Rok, se reuniu com o então presidente Bill Clinton e o convidou a visitar Pyongyang para falar sobre seus programas nucleares e de mísseis.
O “segundo em comando” de Pyongyang é um poderoso militar que foi responsável pelos serviços de espionagem do regime norte-coreano, e está sancionado nos Estados Unidos pelo seu suposto papel em ataques cibernéticos contra empresas americanas.
(Com EFE)