Trump afirma que tem “total confiança” em seu procurador-geral
Segundo o jornal Washington Post, Jeff Sessions se reuniu com embaixador russo durante a campanha presidencial e ocultou os encontros do Senado
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, garantiu nesta quinta-feira que tem “total confiança” no procurador-geral do país, Jeff Sessions, acusado de ter se encontrado em duas ocasiões com o embaixador russo Serguei Kysliak, durante a campanha presidencial, segundo reportagem do jornal The Washington Post. Sessions ocultou as reuniões em sabatina no Senado, antes de assumir o cargo.
Pouco antes de discursar no porta-aviões Gerald R. Ford, em sua viagem aos estaleiros de Newport News (Virgínia), Trump rejeitou a ideia de que Sessions deva afastar-se das investigações sobre o papel russo nas eleições, embora tenha afirmado que não havia sido informado sobre os encontros.
O atual chefe do Departamento de Justiça causou problema por ter negado, em suas audiências de confirmação no Senado realizadas no mês passado, ter tido qualquer contato com oficiais russos durante a campanha eleitoral, na qual participou como um dos assessores do magnata. A bordo do porta-aviões, o presidente americano disse que Sessions “provavelmente” não mentiu nessas audiências.
Por meio de um comunicado, Sessions considerou “falsas” as informações que insinuam que ele poderia ter ciência das tentativas russas para supostamente influenciar nas eleições com ataques à ex-candidata Hillary Clinton. “Nunca estive com funcionários russos para discutir sobre temas da campanha”, disse.
Os líderes democratas no Congresso já pediram a renúncia de Sessions à frente da Justiça americana. Congressistas republicanos sugeriram que o procurador-geral deveria ao menos se negar a participar das investigações sobre a ingerência russa na eleição presidencial nos EUA, em novembro do ano passado.
O democrata Chuck Schumer, líder do Senado, pediu hoje a renúncia de Sessions e solicitou, além disso, que seja designado um procurador independente sem relação com o governo de Trump para investigar supostos ligações entre o presidente e o Kremlin.
(Com EFE)