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Trump admite que ‘muitos passam fome em Gaza’ em meio a bloqueio de Israel

Presidente americano fez comentário durante última parada em sua turnê pelo Oriente Médio, nos Emirados Árabes Unidos

Por Amanda Péchy Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 16 Maio 2025, 08h23

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta sexta-feira, 16, que é preciso ajudar os palestinos, porque “muitas pessoas em Gaza estão passando fome”, em pleno bloqueio humanitário imposto pelo governo israelense. O comentário foi feito durante sua visita aos Emirados Árabes Unidos, terceira e última parada de um giro de quatro dias pelo Oriente Médio que excluiu Israel, principal aliado na região.

Questionado se apoiava os planos israelenses de expandir a guerra em Gaza, Trump disse a repórteres: “Acho que muitas coisas boas acontecerão no próximo mês, e veremos. Temos que ajudar também os palestinos. Sabem, muitas pessoas estão passando fome em Gaza, então temos que considerar ambos os lados.”

Em 2 de março, o governo israelense voltou a impor um bloqueio total a Gaza, impedindo a entrada de ajuda humanitária, como alimentos, água e combustível. Segundo as Nações Unidas, a população inteira do enclave está em “risco crítico” de fome e enfrenta “níveis extremos de insegurança alimentar”. A relatora especial das Nações Unidas para os territórios palestinos, Francesca Albanese, acusou Israel de “matar o que resta da humanidade”. De acordo com Tel Aviv, a tática visa forçar concessões do grupo terrorista Hamas, que ainda mantém 59 reféns israelenses capturados em outubro de 2023.

Além disso, o exército de Israel vem intensificando ataques aéreos nos últimos dias. Nesta sexta-feira, a agência de defesa civil de Gaza informou que 56 pessoas foram mortas por bombardeios desde a meia-noite, com médicos relatando dezenas de feridos. Nos dois dias anteriores, ao menos 150 morreram. Os militares não fizeram comentários sobre os ataques. As Nações Unidas estimam que 70% do território seja agora uma zona proibida declarada por Israel ou esteja sob ordem de retirada.

“Estamos de olho em Gaza. E vamos cuidar disso. Muitas pessoas estão morrendo de fome”, disse Trump a repórteres em Abu Dhabi.

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A Fundação Humanitária de Gaza, uma ONG apoiada pelos Estados Unidos, afirmou que começaria a distribuir ajuda humanitária em Gaza neste mês, após conversas com autoridades israelenses. Mas as Nações Unidas descartaram na quinta-feira o envolvimento com a iniciativa.

Negociações travadas

O Hamas insistiu na quinta-feira que a restauração da assistência humanitária ao território devastado pela guerra era “o requisito mínimo” para a retomada de negociações de cessar-fogo. Uma trégua de um mês fracassou em 18 de março, após impasses que fizeram Israel desistir de implementar uma segunda fase do acordo.

O grupo palestino também alertou que Gaza não estava “à venda”, horas depois de Trump ter novamente cogitado a possibilidade dos Estados Unidos tomarem o território e transformá-lo em “uma zona de liberdade”.

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O Fórum das Famílias de Reféns e Desaparecidos afirmou que o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, está perdendo uma “oportunidade histórica” ​​de resgatar seus entes queridos.

“As famílias dos reféns acordaram esta manhã com o coração pesado e grande preocupação diante dos relatos sobre o aumento dos ataques em Gaza e a iminente conclusão da visita do presidente Trump à região”, afirmou o grupo israelense em comunicado. “Perder esta oportunidade histórica seria um fracasso retumbante que será lembrado com infâmia para sempre.”

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