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Tribunal da Argentina confirma condenação de Cristina Kirchner por corrupção

Ex-presidente do país (2007-2015) foi sentenciada a 6 anos de prisão em 2022 e tentou apelar da decisão

Por Da Redação 13 nov 2024, 11h29
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  • Um tribunal de apelações da Argentina confirmou nesta quarta-feira, 13, a condenação da ex-presidente Cristina Kirchner por corrupção.

    Então vice-presidente da nação, ela foi sentenciada a seis anos de prisão por fraudes contra a administração pública, em uma ação conhecida como “Causa Vialidad”. Além da pena, a política também perdeu de forma perpétua a capacidade de exercer cargos públicos.

    Com a confirmação, a pena de prisão foi mantida, junto com uma multa, que subiu para 85 milhões de pesos (cerca de R$ 490 mil).

    O caso

    Embora tenha sido inocentada do delito de associação criminosa, Kirchner é acusada de direcionar centenas de milhões de dólares em licitações, financiadas pelos contribuintes, para um sócio e amigo de sua família construir estradas na Patagônia, na ponta da América do Sul. Os projetos muitas vezes ficaram inacabados ou foram cancelados.

    Como provas, o Ministério Público afirmou que o patrimônio do empresário Lázaro Báez, envolvido no esquema, cresceu 12.000% entre 2004 e 2015 e de sua empresa cresceu 46.000%. Durante as três Presidências dos Kirchner, duas de Cristina e uma de Néstor, Báez teve como cliente o Estado e fechou cerca de vinte acordos comerciais particulares com a família Kirchner.

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    Além dela, também foram condenados Lázaro Báez (6 anos), José López (6 anos), Nelson Pierotti (6 anos), Mauricio Collareda (4 anos), Juan Carlos Villafañe (5 anos), Raúl Daruich (3 anos e 6 meses), Raúl Pavesi (4 anos e 6 meses), José Raúl Santibáñez (4 anos). Foram absolvidos Julio de Vido, Abel Fatala, Héctor Garro e Carlos Santiago Kirchner.

    Após o veredicto, Cristina afirmou que “há três anos avisamos que a condenação já estava escrita” e que “está claro que a ideia era me condenar”, apontando que um dos juízes “não atuou sozinho”. Ela sustentou a narrativa de perseguição política durante todo o julgamento.

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