Sete famílias francesas entraram com uma ação judicial contra o TikTok nesta segunda-feira, 4, acusando a plataforma de expor seus filhos adolescentes a conteúdos prejudiciais que teriam contribuído para o suicídio de dois dos jovens de 15 anos.
De acordo com o processo, o algoritmo do TikTok direcionou os adolescentes para vídeos promovendo suicídio, automutilação e transtornos alimentares.
“Os pais querem que a responsabilidade legal do TikTok seja reconhecida em tribunal”, disse a advogada das famílias, Laure Boutron-Marmion. “Esta é uma empresa comercial que oferece um produto a consumidores que são, além disso, menores de idade. Eles devem, portanto, responder pelas deficiências do produto.”
O caso foi apresentado no tribunal de Créteil, sendo o primeiro processo coletivo desse tipo na Europa, segundo Boutron-Marmion.
Saúde mental
O TikTok, assim como o Facebook e o Instagram, enfrenta processos similares nos Estados Unidos, onde é acusado de causar dependência em crianças e comprometer sua saúde mental. Em resposta às ações judiciais, um porta-voz da plataforma chinesa disse: “Discordamos veementemente dessas alegações, muitas das quais acreditamos serem imprecisas e enganosas”.
Em ocasiões anteriores, o TikTok declarou que leva a sério os impactos do aplicativo na saúde mental de adolescentes mundo afora. O CEO da empresa, Shou Zi Chew, disse em depoimento ao Congresso dos Estados Unidos neste ano que a rede social passou a investir em medidas para proteger jovens usuários do aplicativo.