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Terroristas do EI e suas famílias deixam último reduto do grupo na Síria

Trump espera recuperar as áreas do EI no país em uma semana; ONU afirma que jihadistas não foram totalmente derrotados e ainda são ameaça

Por Da Redação
7 fev 2019, 18h00
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  • Na medida em que grupos armados apoiados pelos Estados Unidos avançam pelos os últimos territórios sob controle Estado Islâmico no leste da Síria, terroristas e suas família estão sendo obrigados a uma retirada forçada e sem planejamento. Segundo os militares americanos, os militantes do grupo radical estão encurralados em uma área de cerca de 4 quilômetros quadrados.

    No último mês, o grupo perdeu o controle de duas aldeias que ainda estavam em suas mãos. Agora, dominam apenas uma.  Na região oeste, o Estado Islâmico é atacado pelas forças leais ao ditador sírio Bashar Assad. Nas regiões norte e leste, são desafiados pelas milícias curdas e árabes apoiadas pelos americanos, conhecidas como Forças Democráticas da Síria (FDS). No sul, na zona de fronteira com o Iraque, tropas iraquianas mantém guarda.

    Nas últimas semanas, homens, mulheres e crianças, alguns com ferimentos graves, têm se entregado às FDS na aldeia de Baghuz,  controlada pelas milícias em quase toda sua totalidade. Assim que chegam, os homens são revistados, identificados e entrevistados. Muitos estão tão fracos, famintos e feridos que precisam ser carregados.

    Os suspeitos de serem terroristas são imediatamente levados para a prisão. A maioria, incluindo mulheres e crianças, está o transporte para um dos muitos campos de detenção no norte da Síria.

    Segundo o The New York Times, muitos dos militantes do Estado Islâmico que se entregam às FDS são estrangeiros – em sua maioria, iraquianos que viviam com o EI antes da derrota do grupo em seu país. Entre os desertores que chegaram nas últimas semanas, contudo, também estão alemães, franceses, britânicos, suecos e russos.

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    100% do califado

    Nesta quarta-feira 6, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou esperar que o grupo Estado Islâmico perca os últimos remanescentes do território que controlou na Síria em apenas uma semana.

    “Deve ser anunciado formalmente na próxima semana que teremos 100% do califado”, disse.

    Trump anunciara em dezembro passado a retirada dos 2.000 soldados americanos que atuam na Síria, ao declarar a vitória sobre o grupo. O presidente foi duramente criticado por organizações internacionais, outras nações e por políticos de seu país, que não acreditavam na derrota total dos terroristas em prazo tão curto de tempo.

    Em seu discurso anual sobre o Estado da União ao Congresso, na terça-feira 5 à noite, o presidente americano renovou a sua promessa de evitar “guerras intermináveis”. Mas o próprio chefe de Inteligência de Trump, Dan Coats, advertiu que o EI tentará reaparecer após a saída das tropas americanas

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    O EI não foi derrotado

    Também nesta quarta-feira, observadores da Organização das Nações Unidas afirmaram que o Estado Islâmico não foi totalmente derrotado na Síria e continua sendo a ameaça mais significativa dentre os grupos terroristas.

    Existem entre 14.000 e 18.000 militantes do EI na Síria e no Iraque, incluindo até 3.000 combatentes estrangeiros, segundo um relatório da equipe de monitoramento de sanções da ONU apresentado ao Conselho de Segurança.

    “(O grupo) ainda não foi derrotado na Síria, mas continua sob intensa pressão militar no baluarte de seu território residual no leste do país”, segundo o relatório.

    Observadores das sanções da ONU disseram que com a perda de seu “califado” no Iraque e na Síria, o EI havia se transformado em uma rede secreta, sob a liderança de Abu Bakr al-Baghdadi.

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    A liderança do EI se reduziu a um grupo disperso e “está ordenando a alguns combatentes que retornem ao Iraque para se juntarem à rede”, com o objetivo de “sobreviver, se consolidar e ressurgir na área central”, disseram.

    Segundo o relatório, 1.000 combatentes estrangeiros estão detidos no Iraque e pouco menos de 1.000 no nordeste da Síria, embora os governos ainda estejam trabalhando para confirmar as nacionalidades dos presos.

    (Com AFP)

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