Terremoto deixa mais de 700 feridos no Irã
Escolas e universidades na província de Kermanshah foram fechadas; moradores passaram noite nas ruas com medo de novos tremores

Um terremoto de magnitude 6,3 graus na escala Richter assolou neste domingo (25) a província de Kermanshah, no noroeste do Irã, deixando ao menos 716 pessoas feridas, segundo o Serviço de Emergências local.
O governador de Kermanshah, Houshang Bazvand, explicou à agência oficial de notícias Irna que a maioria dos feridos foi atendida no local do terremoto. Segundo ele, não há problemas com os fornecimentos de água, luz ou gás.
A Organização de Socorro do Irã e a Cruz Vermelha enviaram várias equipes de ajuda e cães farejadores e distribuíram mais de 14.000 tendas para os moradores.
Nesta segunda, o governo anunciou o fechamento de todas as escolas e universidades da província de Kermanshah.
O medo de novos tremores fez com que muitas pessoas passassem a noite nas ruas, mesmo sob baixas temperaturas. O terremoto desencadeou deslizamentos de terra em algumas áreas, mas autoridades iranianas disseram que equipes de resgate têm acesso a todas as cidades e vilarejos do país.
Imagens transmitidas pela televisão estatal mostraram casas danificadas na cidade de Sarpol-e Zahab, em Kermanshah.
Segundo o Centro Sismológico do Irã, o tremor foi registrado às 20h07 (horário local, 14h37 em Brasília) de domingo a uma profundidade de sete quilômetros. O epicentro foi a 17 quilômetros da cidade de Sar Pol-e Zahab, onde está o maior número de feridos, e a 18 quilômetros de Qasr-e Shirin.
Esta região sofreu há um ano, em 12 de novembro de 2017, um devastador terremoto de 7,3 graus de magnitude, no qual 620 pessoas morreram e mais de 12.000 ficaram feridas. A maior parte da população de Sar Pol-e Zahab continua vivendo em tendas de campanha e casas pré-fabricadas, já que os prédios estão em processo de reconstrução.
O Irã tem grande atividade sísmica. Os terremotos mais graves até hoje foram em dezembro de 2003 e em junho de 1990, quando 31.000 e 37.000 pessoas morreram, respectivamente.
(Com Reuters e EFE)