Temor de recessão derruba aprovação de Trump, diz pesquisa
Popularidade do presidente americano, que concorre à reeleição em 2020, cai de 44%, em julho, para 38%, em setembro
O índice de aprovação do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, caiu em meio à crescente preocupação com guerra comercial com a China e as perspectivas de recessão no país, segundo a pesquisa feita pelo jornal Washington Post e pela emissora de televisão ABC. Os resultados mostram que a aprovação do presidente caiu de 44% em julho para 38%, em setembro.
Embora 56% dos entrevistados avaliem que o estado da economia é “excelente” ou “bom”, o porcentual recuou. Há um ano, a percepção favorável era de 65%. Além disso, seis em cada dez americanos ouvidos nessa nova sondagem consideraram que é muito ou algo provável a recessão no ano que vem. A economia americana é um dos temas centrais da campanha de reeleição de Trump em 2020.
O presidente americano reagiu aos resultados da pesquisa pelo Twitter. Disse ser esta “a pior e mais inexata de todas” desde sua eleição em 2016. “Uma das maiores e mais poderosas armas usadas pelos meios de comunicação falsos e corruptos é a informação de pesquisa fraudulenta que publicaram. Muitas destas pesquisas estão armadas”, disse.
Segundo o Post/ABC, os eleitores se opõem profundamente à forma como Trump administra a intensificação da guerra comercial com a China. Apenas 35% aprovam sua gestão, contra 56% que a desaprovam.
Outra descoberta pode ser motivo de preocupação na Casa Branca: 43% dos entrevistados disseram que as políticas comerciais e econômicas dos Estados Unidos aumentaram as possibilidades de recessão no próximo ano, contra 16% que pensam o contrário.
“Não vejo recessão de maneira alguma”, disse o secretário do Tesouro, Steven Mnuchin, à emissora de televisão Fox Business na segunda-feira 9, insistindo que a guerra comercial não teve qualquer impacto sobre a economia americana.
A pesquisa Post/ABC foi realizada entre 2 e 5 de setembro, com 1.003 entrevistados por telefone. A margem de erro é de 3,5 pontos percentuais para mais ou para menos.
(Com AFP)