Promoção do Ano: VEJA por apenas 4,00/mês
Continua após publicidade

Talibã proíbe mulheres de frequentarem espaços públicos em Cabul

Governo do Afeganistão impõe novas regras de circulação na capital que limita o acesso por gênero a parques públicos e de diversão

Por Da Redação
Atualizado em 10 nov 2022, 11h16 - Publicado em 10 nov 2022, 11h12
  • Seguir materia Seguindo materia
  • KABUL, AFGHANISTAN - AUGUST 15: Women walk down the street during a celebration of the first anniversary of the Taliban's return to power on August 15, 2022 in Kabul, Afghanistan. A year after the Taliban retook Kabul, cementing their rule of Afghanistan after a two-decade insurgency, the country is beset by economic and humanitarian crises. Western governments have frozen billions of dollars in Afghan assets as it presses the Taliban to honor unmet promises on security, governance and human rights, including allowing all girls to be educated. (Photo by Nava Jamshidi/Getty Images)
    Mulheres afegãs são forçadas a ficar em casa após o último decreto do regime talibã - 10/11/2022  (Nava Jamshidi/Getty Images)

    O regime Talibã restringiu, nesta quinta-feira, 10, o acesso de mulheres a parques públicos e de diversões em Cabul, capital do Afeganistão.

    O novo decreto limita ainda mais a circulação de pessoas do gênero feminino pela cidade. As afegãs já são proibidas de viajar sem um acompanhante masculino, sendo obrigadas a usar o hijab (véu islâmico que cobre os cabelos) ou burca (vestimenta que deixa apenas olhos visíveos) sempre que estiverem fora de casa. Há mais de um ano, também foram fechadas escolas secundárias para meninas na maior parte do país.

    + Talibã reconhece isolamento e falta de reconhecimento internacional

    Justificando a decisão, Mohammad Akif Sadeq Mohajir, porta-voz do Ministério para a Prevenção do Vício e Promoção da Virtude, afirmou que a medida tem o objetivo de impedir a violação das leis do regime.

    Continua após a publicidade

    “Em muitos lugares, regras foram violadas. Houve mistura [de homens e mulheres], a regra do hijab não foi seguida, por isso a decisão foi tomada”, disse a autoridade islâmica à agência de notícias AFP.

    + Talibã um ano depois: legado de fome, miséria e desrespeito às mulheres

    A notícia foi recebida com desânimo por mulheres e empresários que estimam o esvaziamento de parques de diversões provocado pela nova medida. Atrações do Parque Zazai, que oferece uma vista espetacular de Cabul, foram fechadas por falta de visitantes.

    Continua após a publicidade

    Antes da proibição desta semana, o local atingia recebia centenas de pessoas nos dias em que as mulheres traziam seus filhos. Na quarta-feira 9, apenas um punhado de homens vagava pelo complexo.

    + O Talibã de hoje é igual ao de ontem

    Habib Jan Zazai, responsável pelo negócio, se preocupa de ter que fechar as portas do negócio, em que investiu US$ 11 milhões (R$ 58 milhões) e que emprega mais de 250 pessoas. “Sem mulheres, as crianças não virão sozinhas”, disse ele à AFP.

    Continua após a publicidade

    O setor privado também teme que decretos do Talibã desencorajem o investimento de estrangeiros ou de afegãos que moram no exterior, além de afetar a arrecadação de impostos no país.

    Publicidade

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Veja e Vote.

    A síntese sempre atualizada de tudo que acontece nas Eleições 2024.

    OFERTA
    VEJA E VOTE

    Digital Veja e Vote
    Digital Veja e Vote

    Acesso ilimitado aos sites, apps, edições digitais e acervos de todas as marcas Abril

    2 meses por 8,00
    (equivalente a 4,00/mês)

    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (equivalente a 12,50 por revista)

    a partir de 49,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a 9,90/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.