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Suspensão do X no Brasil repercute na campanha dos EUA e republicanos pedem sanções

Donald Trump Jr, filho do ex-presidente e candidato à Casa Branca, sugeriu “caminho sem volta” com a medida e congressistas criticaram “interferência” de Moraes

Por Da Redação Atualizado em 3 set 2024, 22h43 - Publicado em 1 set 2024, 13h01
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  • A suspensão da rede social X, o antigo Twitter, no Brasil já começou a repercutir na campanha presidencial dos Estados Unidos, um dia depois da plataforma sair do ar. Nas primeiras horas deste domingo, 1º, políticos republicanos, e alinhados ao ex-presidente e candidato a um novo mandato, Donald Trump, criticaram a medida, inclusive com sugestões de sanções ao governo brasileiro e ao ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes, autor da ordem que causou a restrição. Ativo em seu perfil desde os primeiros atritos com a Suprema Corte, Elon Musk também reagiu, ao impulsionar perfil em que tem divulgado decisões sigilosas de Moraes. 

    Filho de Trump e integrante de sua equipe de consultores políticos, Donald Trump Jr. publicou em seu perfil na rede social ainda durante a madrugada, e sugeriu um “caminho sem volta” após a suspensão do X. “Para ficar claro… Esse é o caminho para onde os democratas querem levar a América. Uma vez que estivermos nele, não há mais volta”, escreveu. 

    Senador do Partido Republicano, Mike Lee foi mais direto ao criticar a medida e citou o Império Romano, ao dizer que, naquele período, “ninguém ousava mexer com um cidadão romano, em qualquer lugar do mundo”, antes de afirmar que “o Brasil mexeu muito com uma empresa dos EUA — por motivos realmente mesquinhos”. “Não podemos ignorar isso”, disse. O congressista também pediu que seus seguidores compartilhassem outro post, se concordassem que “o Brasil deve enfrentar consequências por apreender ativos americanos e derrubar o X”. 

    Uma associação direta com a adversária de Trump nas eleições foi feita por Lee em outro post. Neste, ele citou nominalmente a vice-presidente e candidata à Casa Branca Kamala Harris, numa hipótese conspiracionista de que o governo norte-americano teria atuado em conjunto com o “regime marxista de Lula” para “suprimir a liberdade de expressão fechando o X”. 

    Outro a entrar no debate foi o ex-deputado George Santos, também do Partido Republicano. Ele classificou a suspensão da rede social como “um crime humanitário” e listou sugestões de sanções ao Brasil, como “restrições para seus diplomatas, suspensão do visto de Moraes, suspensão de toda a ajuda” e o “fim de todas as relações diplomáticas Brasil-EUA até que o ministro seja removido”. Filho de brasileiros, Santos é investigado por crimes como fraude eletrônica e roubo de identidade. Ele se declarou culpado no último mês, o que levou à cassação de seu mandato.

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