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Suspeito de incendiar estúdio de animação no Japão é identificado

Shinji Aoba, de 41 anos, tem histórico de roubos e transtornos mentais, segundo imprensa; homem foi visto se preparando para ataque em posto de gasolina

Por Da Redação
Atualizado em 19 jul 2019, 10h09 - Publicado em 19 jul 2019, 08h53

O principal suspeito de ter causado o incêndio que matou 33 pessoas em um estúdio de animações em Quioto, no Japão, foi identificado pela polícia como Shinji Aoba, de 41 anos. Segundo a imprensa japonesa, ele já cumpriu uma pena de prisão por roubo e fazia tratamento para transtornos mentais.

Os motivos que levaram Aoba a colocar fogo no edifício da Kyoto Animation ainda não estão claros. Testemunhas que presenciaram a prisão do suspeito afirmaram que o ouviram dizer que a empresa roubou suas ideias e plagiou seu trabalho.

O homem “parecia estar descontente, e parecia ficar cada vez mais furioso, gritando algo sobre ter sido vítima de plágio”, disse uma mulher.

O suspeito tentou fugir ao ser abordado pela polícia, mesmo com queimaduras graves. Ele se encontra internado e, aparentemente inconsciente, o que ainda não permite que seja interrogado.

Segundo as autoridades japonesas, o homem gritou “morram” enquanto espalhava o que parecia ser gasolina ao redor do edifício de três andares na quarta-feira 17 (horário de Brasília). O fogo teve início por volta das 10h30 local de quinta-feira (22h30 de quarta, em Brasília).

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Um homem com a mesma descrição do suspeito foi visto em um posto de gasolina pouco antes do incidente, carregando duas latas de 20 litros cada. Foram encontradas duas latas, uma mochila e um carrinho de carga próximos ao local do incêndio.

Fuga impossível

Os detalhes sobre a tragédia começaram a surgir nesta sexta-feira, 19. De acordo com especialistas e bombeiros, as chamas teriam destruído a estrutura quase que instantaneamente, deixando dezenas de pessoas presas e sem qualquer possibilidade de fuga.

Por isso os números trágicos: 33 mortos e dezenas de feridos, alguns deles em situação crítica.

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“Uma pessoa pulou do segundo andar, tentando desesperadamente escapar do fogo, mas não pudemos correr para ajudá-la devido à intensidade do incêndio”, contou uma mulher a um site afiliado ao jornal Asahi Shimbun. “Havia pessoas com queimaduras graves, chorando desesperadas. Era como olhar para o inferno”, acrescentou.

No momento, há pouca informação disponível sobre as vítimas, mas “a maioria dos funcionários da empresa está na faixa dos 20 anos”, segundo um vizinho entrevistado pela TV Asahi.

De acordo com a polícia, entre os mortos estão 12 homens e 20 mulheres. Uma vítima ainda não foi identificada.

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Numerosos corpos foram encontrados nas escadas numa tentativa em vão de chegar até o telhado, explicaram os bombeiros, que excluíram que os dispositivos de combate a incêndio não tenham funcionado.

O edifício cumpriu todas as “normas”, disse um porta-voz dos serviços de emergência. “Nós temos um registro de dados que prova isso. Havia escadas em espiral do térreo para o telhado, mas as chamas as devoraram em instantes”, explicou ainda.

“As pessoas que trabalhavam no primeiro e no segundo andar devem ter ficado surpresos sem saber o que estava acontecendo”.

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Os especialistas concordam. “As chamas se moveram muito mais rápido com a gasolina do que em um incêndio normal, então acho que o incêndio se espalhou tão rápido que os sistemas de alarme e as portas corta-fogo não tiveram como funcionar normalmente”, explicou Keizo Harafuji, ex-pesquisador da polícia de Tóquio, falando à televisão pública da NHK.

“Uma vez propagado o fogo, era impossível escapar”, assegurou.

(Com AFP e Reuters)

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