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Supremo proíbe que Guaidó deixe Venezuela; atos são esperados nesta quarta

Líder oposicionista convocou novos atos populares contra o governo de Maduro para esta quarta-feira 30

Por Da Redação Atualizado em 30 jan 2019, 04h27 - Publicado em 30 jan 2019, 01h51

O Tribunal Supremo da Venezuela determinou a proibição da saída do país do líder oposicionista Juan Guaidó, em decisão proclamada nesta terça-feira 29. Presidente da Assembleia Nacional, ele se autonomeou neste mês presidente interino, em desafio ao governo do presidente Nicolás Maduro.

Ainda antes do anúncio, na segunda-feira, Guaidó convocou novas manifestações populares contra o governo de Maduro em sua conta no Twitter. Atos da semana passada deixaram dezenas de mortos e centenas de detidos.

A decisão do Supremo foi tomada horas após o procurador-geral do país, Tarek William Saab, pedir a ação do Tribunal Supremo para restringir os movimentos de Guaidó e congelar seus ativos.

Saab disse que foi lançada uma investigação criminal sobre as atividades de Guaidó contra o governo, sem anunciar nenhuma acusação específica contra ele. Tanto Saab quanto o Tribunal Supremo são alinhados com Maduro

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O anúncio de Guaidó de que seria presidente interino, realizado na semana passada, gerou um quadro de incerteza no país. Mais de 20 países, entre eles Estados Unidos e Brasil, reconheceram o presidente interino, enquanto China, Rússia e Turquia continuam a apoiar Maduro. 

Mortes nos protestos

Os protestos da semana passada deixaram ao menos 29 mortos e quase 350 detidos, de acordo com organizações de defesa dos direitos humanos.

Também neste domingo, Guaidó pediu à alta comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Michelle Bachelet, que visite o país para verificar as mortes atribuídas por ele aos militares que apoiam Maduro.

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Ao deixar uma missa em memória de cerca de 30 mortos da semana passada, o opositor pediu à ex-presidente do Chile que observe “o que está acontecendo com nossos jovens assassinados”.

“Que apresse sua visita ao nosso país, para que seja testemunha presencial da grave crise em que vive todo povo venezuelano”, tuitou Guaidó.

Ele também pediu aos militares que não reprimam as manifestações: “Não atirem contra o povo da Venezuela”.

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Guaidó também pediu informações sobre “quem está dando a ordem” de “assassinar”.

“Acham que, torturando nosso povo, vão nos intimidar”, disse Guaidó, que pediu uma “reunião de emergência” com ONGs, defensores dos direitos humanos e o Parlamento de maioria opositora para tratar da situação.

Neste domingo, a ONG de direitos humanos Provea denunciou a ação de um “esquadrão da morte”, com ordens para “matar” e privar da liberdade “manifestantes em sua maioria de setores populares”.

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Na quinta-feira, Bachelet pediu uma “solução política pacífica” na Venezuela e classificou a situação como “muito preocupante”. A ex-presidente pediu diálogo para evitar mais “mortos e feridos” no país.

(Com AFP, EFE e Estadão Conteúdo)

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