Black Friday: Revista em casa a partir de 8,90/semana
Continua após publicidade

Suprema Corte limita poder de Biden para diminuir emissões de poluentes

Tribunal americano decidiu por 6 votos a 3 limitar os poderes da Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos

Por Matheus Deccache 30 jun 2022, 17h02

A Suprema Corte dos Estados Unidos decidiu nesta quinta-feira, 30, retirar parte do poder da Agência de Proteção Ambiental (EPA, em inglês) para reduzir as emissões de gases de efeito estufa. A decisão histórica representa um grande derrota para os planos climáticos do presidente Joe Biden

O caso contra a agência foi aberto pela Virgínia Ocidental em nome de mais 18 estados liderados principalmente por republicanos, e algumas das maiores empresas de carvão do país. No documento era questionado se a agência tem o poder de regular as emissões de aquecimento do planeta para setores de energia em todo o estado ou apenas usinas de energia individuais. 

+ Biden condena ‘erro’ da Suprema Corte e defende direito ao aborto por lei

Os 19 estados demonstraram preocupação com a possibilidade de que seus setores de energia fossem regulamentados e forçados a abandonar o uso de carvão a um custo econômico severo. Por 6 votos a 3, a Suprema Corte optou por ficar do lado das empresas e dos estados conservadores, dizendo que “o Congresso não deve ter a intenção de delegar decisões de tal significado econômico e político”.

O procurador-geral do Missouri, um dos estados envolvidos na ação, Eric Schmitt, chamou a decisão de “uma grande vitória que empurra para trás os regulamentos de eliminação de empregos de Biden e da EPA”.

Com a mudança, o tribunal não impediu completamente a agência de criar novos regulamentos no futuro, mas prevê que o Congresso tenha que autorizar claramente esse poder, algo que não vem acontecendo nos últimos meses. 

Continua após a publicidade

Grupos ambientalistas demonstraram profunda preocupação com a nova decisão, uma vez que os 19 estados envolvidos fizeram pouco progresso na redução de suas emissões. De acordo com ativistas do meio ambiente, trata-se de um “excesso judicial”.

Com o novo cenário, fica cada vez mais difícil para Biden cumprir suas promessas de campanha para frear o avanço das mudanças climáticas. Logo em seu primeiro dia de governo, o presidente democrata fez questão de colocar os Estados Unidos de volta no Acordo de Paris, acordo universal juridicamente vinculativo sobre metas para frear o aquecimento global. 

+ Cúpula do G7: entre o clima e a guerra na Ucrânia

Além disso, Biden prometeu também reduzir as emissões de gases do efeito estufa do país em 52% até 2030 em relação aos níveis de 2005. O resultado imposto pela Suprema Corte poderá trazer implicações para governos de todo o mundo, uma vez que os americanos são responsáveis por 14% de toda a emissão mundial. 

Continua após a publicidade

Além do impacto direto no meio ambiente, a mudança pode afetar também as responsabilidades regulatórias mais amplas existentes e futuras da EPA, que incluem proteção ao consumidor, segurança no local de trabalho e saúde pública. 

De acordo com especialistas, a decisão dá enorme poder aos tribunais estaduais para atacar outros regulamentos sob a justificativa de que o Congresso não autorizou explicitamente a agência a tomar determinada atitude em particular. 

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Semana Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

Apenas 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (a partir de R$ 8,90 por revista)

a partir de 35,60/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.