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Suíça arquiva investigação contra o rei emérito da Espanha, Juan Carlos

Um banco privado suíço envolvido na investigação foi condenado por falha de informação e multado

Por Ernesto Neves Atualizado em 13 dez 2021, 20h07 - Publicado em 13 dez 2021, 19h15
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  • A Justiça da Suíça encerrou a nesta segunda-feira (13) uma investigação criminal de lavagem de dinheiro contra o rei emérito da Espanha, Juan Carlos.

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    O promotor do caso, Yves Bertossa, afirmou que Juan Carlos recebeu 100 milhões de dólares, cerca de 568 milhões de reais, do Ministério das Finanças da Arábia Saudita.

    Esse montante seria uma comissão por contratos firmados entre empresas espanholas para a construção de ferrovias em território saudita. 

    O dinheiro, sustenta a promotoria, teria sido pago através de conta aberta no Banco Mirabaud, com sede em Genebra, em nome de uma fundação sediada no Panamá, conhecido paraíso fiscal, cujo beneficiário era Juan Carlos.

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    Mas o promotor disse em comunicado que não se conseguiu provar uma ligação entre o montante depositado e um contrato concedido três anos depois a empresas da Espanha.

    A casa real espanhola não quis comentar o caso. Já Juan Carlos, que vive nos Emirados Árabes, não foi encontrado pela imprensa para falar sobre o assunto.

    A investigação criminal teve início em 2018, após notícias de que Juan Carlos, que abdicou ao trono em 2014, havia recebido propina através de contas na Suíça.

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    “A investigação estabeleceu que Juan Carlos I, de fato, recebeu US $ 100 milhões na conta da fundação Lucum no banco de Mirabaud, em Genebra, do Ministério das Finanças saudita em 8 de agosto de 2008”, disse Bertossa.

    Ainda de acordo com a promotoria, o uso de fundação e contas offshore por vários protagonistas do caso mostrou uma “disposição de dissimular”.

    No entanto, não foi possível comprovar “a relação entre o pagamento saudita e o contrato da ligação ferroviária entre Medina e Meca”, ele o promotor.

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