Cerca de 22 pessoas foram detidas depois que vários atos de pilhagem e tentativas de saques obrigaram as forças da ordem a adotar fortes medidas de segurança em Ciudad Bolívar, no sul da Venezuela, informaram veículos de imprensa locais. A Guarda Nacional, uma polícia militarizada do regime de Nicolás Maduro, foi acionada na segunda-feira e enviou tanques militares para controlar a situação.
A Venezuela vive o Natal mais precário de sua história. O país sofre uma grave crise econômica e social marcada e pela hiperinflação e pela escassez de remédios, alimentos e outros produtos básicos.
A polícia lançou bombas de gás lacrimogêneo para dispersar a multidão em frente a uma loja na cidade, e alguns dos envolvidos responderam lançando pedras, informou o jornal “El Nacional”.
Incidentes parecidos continuam a se repetir. Nesta terça, comércios de bebidas alcoólicas, alimentos e outros produtos em diferentes pontos da cidade foram alvos de saqueadores; foram registradas oito tentativas de roubo.
Nos dias anteriores ao Natal, o governo e a Guarda Nacional fizeram operações em massa para obrigar os comerciantes a baixarem os preços hiperinflacionados em até 50%, o que provocou longas filas e tumultos em frente aos comércios afetados, cujos proprietários podem ser obrigados a fechar devido às perdas.
Várias pessoas não receberam comida subsidiada e outras ajudas sociais prometidas pelo presidente Nicolás Maduro, o que causou uma série de protestos espontâneos em todo o país às vésperas do natal.
(com EFE)