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Sob temor de novos ataques, EUA pedem que americanos deixem Kiev

Segundo embaixada americana, há possibilidade de investidas renovadas nos próximos dias, quando guerra completa seis meses e país 31 anos de independência

Por Da Redação 23 ago 2022, 16h46
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  • A embaixada dos Estados Unidos em Kiev instou nesta terça-feira, 23, que cidadãos americanos deixem a Ucrânia imediatamente, em meio às preocupações de novos ataques nos próximos dias, sobretudo a infraestruturas civis e prédios governamentais. De acordo com a embaixada, há a possibilidade de investidas renovadas nos próximos dias, quando a guerra completa seis meses e o país celebra o aniversário de sua independência.

    “A Embaixada dos Estados Unidos insta os cidadãos a deixarem a Ucrânia agora usando opções de transporte terrestre disponíveis de forma privada, se for seguro fazê-lo”,  afirmou o comunicado de segurança no site da embaixada. “A situação de segurança em toda a Ucrânia é altamente volátil e as condições podem se deteriorar sem aviso prévio.”

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    Embora Washington já tenha feito esta recomendação a seus cidadãos, incluindo no início da guerra, o anúncio se dá em meio a um momento turbulento. Além de a Ucrânia celebrar na quarta-feira 31 anos desde o fim do domínio soviético, a guerra em si completa 6 meses.

    Apesar de relativamente longe da linha de frente da guerra desde que a tentativa russa de tomar a capital fracassou, em março, autoridades já alertaram nos últimos dias sobre os temores.

    O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, e outros oficiais do país também já haviam alertado no fim de semana sobre a alta possibilidade de ataques da Rússia, pedindo que cidadãos ucranianos tomassem mais cuidado nos dias que antecedem a independência. 

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    “Todos devemos estar cientes de que esta semana a Rússia pode tentar fazer algo particularmente feio, algo particularmente cruel”, afirmou Zelensky em uma mensagem de vídeo.

    O porta-voz do serviço de Inteligência do Ministério da Defesa da Ucrânia, Andrii Yusov, também alertou sobre a possibilidade de ataques russos com mísseis dentro e fora do país. 

    “Eles [russos] são loucos por datas e símbolos, então seria bastante lógico estar atento e preparado para o fato de que o dia da independência também será atacado. A Ucrânia está pronta para isso”, afirmou Yusov. “O alarme de ataque aéreo é um alerta sério que todos devem levar em consideração especialmente nos dias 23 e 24 de agosto – não são apenas palavras, vocês devem ser muito cuidadosos”. 

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    +‘Já não é mais possível ter solução diplomática’, diz Rússia sobre guerra

    Em Kiev, a administração militar da cidade proibiu grandes reuniões entre segunda e quinta-feira, incluindo “eventos de massa, reuniões pacíficas, comícios e outros eventos relacionados a uma grande aglomeração de pessoas”.

    Segundo o general Mykola Zhyrnov, chefe da administração militar, a ordem foi imposta para que as forças de segurança pudessem responder “em tempo hábil às ameaças de ataques com mísseis e bombas das tropas da federação russa em centros de tomada de decisão, instalações militares, instalações da indústria de defesa, infraestrutura crítica e áreas residenciais próximas.”

    Um porta-voz do Departamento de Estado americano disse na segunda-feira, 22, que convocou o embaixador russo nos Estados Unidos, Anatoly Antonov, na semana passada, a uma reunião para que o país norte-americano “pudesse alertar a Rússia contra qualquer escalada de sua guerra contra a Ucrânia”.

    Além disso,  pediu que a Rússia “cessasse todas as operações militares nas instalações nucleares da Ucrânia ou perto delas, e que devolvesse o controle total da usina nuclear de Zaporizhzhya à Ucrânia”, acrescentou.

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