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Sob críticas, chefe de gerenciamento de emergências renuncia no Havaí

Grandes incêndios florestais já deixaram pelo menos 111 mortos e mais de 2 mil residências destruídas ou danificadas

Por Da Redação 18 ago 2023, 13h29
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  • O administrador do Gerenciamento de Emergências do Condado de Maui, Herman Andaya, criticado pelos residentes locais e pela mídia pela resposta da ilha aos incêndios florestais que assolam o Havaí, renunciou na última quinta-feira, 17. A renúncia ocorre um dia depois que Andaya fez sua primeira aparição em uma entrevista coletiva, mais de uma semana depois da catástrofe.

    A tragédia no Havaí matou pelo menos 111 pessoas. As chamas destruíram ou danificaram 2.200 prédios e causaram cerca de US$ 5,5 bilhões (R$ 27,7 bilhões) em danos. Centenas de pessoas permanecem desaparecidas e são procuradas por equipes de resgate.

    Uma declaração do prefeito do condado de Maui, Richard Bissen, citou motivos de saúde para a saída de Andaya.

    “Dada a gravidade da crise que enfrentamos, minha equipe e eu colocaremos alguém nesta posição-chave o mais rápido possível e estou ansioso para fazer esse anúncio em breve”, disse Bissen.

    + Incêndios no Havaí já deixaram 106 mortos, apenas 5 deles identificados

    Andaya foi criticado por moradores por não acionar as sirenes de emergência. Muitos deles acreditam que vidas poderiam ter sido salvas caso as autoridades tivessem respondido melhor aos incêndios. A agência de gerenciamento de emergências optou por não usar as sirenes, dizendo que seriam ineficazes e confusas.

    O gerente sênior de águas do Havaí, Kaleo Manuel, também foi transferido para uma posição diferente, de acordo com um comunicado do departamento de terras e recursos naturais do estado. Relatos contam que ele atrasou pedidos de uma empresa de desenvolvimento imobiliário para liberar água agrícola para ajudar a combater o incêndio de Lahaina.

    A Aliança do Havaí para Ação Progressiva disse que o governo estava usando Manuel como bode expiatório para o incêndio e que a liberação da água não faria diferença. Porém, a declaração do Departamento de Terras e Recursos Naturais do Havaí (DLNR) afirma que a mudança foi para permitir que a agência de gerenciamento de água de Maui se concentrasse no trabalho de recuperação de incêndios florestais.

    + Havaí continua busca por desaparecidos após incêndios matarem 96 pessoas

    Centenas de voluntários ajudaram os residentes deslocados de Lahaina, muitos dos quais agora estão dormindo em abrigos administrados pelo condado de Maui. Os voluntários estão doando suprimentos, ajudando a distribuir comida e água e dando apoio emocional para as vítimas.

    “Somos todos uma grande família em Maui, chamamos isso de ‘ohana'”, disse Louis Romero, chefe de batalhão do corpo de bombeiros da ilha. “Você não precisa ser parente de sangue para ser considerado família. Esse é o jeito havaiano. Nós nos ajudamos.”

    Enquanto isso, o presidente Joe Biden reafirmou o compromisso do governo dos Estados Unidos em ajudar o povo de Maui a se recuperar e reconstruir depois dos incêndios florestais. Em um breve vídeo exibido na televisão, Biden disse que o governo federal já havia enviado centenas de equipes de emergência, milhares de refeições e suprimentos essenciais, como berços e cobertores para a cidade devastada.

    “Estaremos com vocês pelo tempo que for necessário, prometo”, disse o presidente.

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