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Serviço de Segurança da Ucrânia diz ter impedido tentativa de golpe

Conspiradores planejavam motim em Kiev, uma distração para tomar o parlamento e destituir lideranças; Não está claro se Rússia estava envolvida

Por Da Redação
Atualizado em 2 jul 2024, 10h57 - Publicado em 2 jul 2024, 10h49

O Serviço de Segurança da Ucrânia (SBU) afirmou nesta terça-feira, 2, ter impedido uma suposta conspiração para derrubar o governo do presidente, Volodymyr Zelensky. O golpe “teria ajudado a Rússia”, fazendo involuntariamente exatamente o inimigo quer, segundo o SBU.

A agência oficial de segurança afirmou que quatro suspeitos foram identificados, sendo dois deles detidos. Os conspiradores podem pegar até 10 anos de prisão se forem considerados culpados. O SBU disse ainda que apreendeu armas e munições, bem como celulares, computadores e outros registros “com evidências de ação criminosa”.

Não está claro se os acusados ​​têm alguma ligação com a Rússia, engajada numa em grande escala contra o seu vizinho há quase dois anos e meio.

Por dentro do plano

Numa publicação no aplicativo de mensagens Telegram, a agência oficial de segurança afirmou que os alegados organizadores do golpe planejavam desencadear um motim em Kiev em 30 de junho. O caos serviria como uma distração para tomar o controle do parlamento ucraniano e remover as lideranças militares e políticas do poder.

Segundo a Procuradoria-Geral da Ucrânia, o alegado líder golpista alugou um salão com capacidade para 2 mil pessoas e recrutou militares e guardas armados de empresas privadas para “realizar a tomada” do parlamento. Não está claro se os promotores estão procurando mais suspeitos.

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“Para implementar o plano criminoso, o organizador principal envolveu vários cúmplices – representantes de organizações comunitárias de Kiev, Dnipro e outras regiões”, disse o SBU.

Ganhos da Rússia

O alegado esquema em Kiev ocorreu após meses em que a Rússia obteve ganhos, lentos mas constantes, no campo de batalha, explorando a escassez de soldados da Ucrânia e sua dependência em relação ao Ocidente em termos de armas. O momento é de incerteza sobre o futuro dessa ajuda militar, especialmente diante do retorno do ex-presidente americano Donald Trump à casa Branca nas eleições de novembro.

Durante o debate presidencial da semana passada, Trump questionou se os Estados Unidos deveriam continuar a financiar a luta da Ucrânia contra a Rússia.

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No sábado 29, as forças russas mataram sete pessoas, incluindo três crianças, num ataque com mísseis à cidade de Vilniansk, no sul da Ucrânia, o que levou o presidente Zelensky a apelar por mais armas de longo alcance.

“Agradeço a todos os parceiros que estão ajudando. E as decisões de que necessitamos devem ser aceleradas. Qualquer atraso nas decisões nesta guerra significa perder vidas humanas”, escreveu ele no Telegram.

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