O serviço de inteligência da Noruega (PST) afirmou nesta quinta-feira, 14, que o ataque ocorrido um dia antes na cidade de Kongsberg, no sudoeste do país, tem indícios de um atentado terrorista. Cinco pessoas morreram e outras duas ficaram feridas por um homem armado com um arco e flecha.
“Os fatos ocorridos em Kongsberg apontam, até o momento, para um ataque terrorista, mas será feita uma investigação, conduzida pela polícia do distrito sudoeste, que determinará os motivos”, aponta a nota emitida pelo PST.
O autor da ação foi identificado apenas como sendo um homem dinamarquês, de 37 anos, que residia na cidade. Além de um arco e flechas, ele utilizou outras armas e atuou sozinho, indicam as primeiras investigações sobre o caso.
De acordo com o comissário de polícia de Kongsberg, Ole Bredrup Sæverud, o suspeito moravana cidade, havia se convertido ao Islã e estava na lista de pessoas monitoradas devido à radicalização.
“O acusado era conhecido pelo PST, sem que possam ser dados mais detalhes”, divulgou o serviço de inteligência da Noruega.
O órgão ainda indicou que os ataques aleatórios contra pessoas que estão em lugares públicos são ações habituais entre fundamentalistas islâmicos que cometem atos terroristas no Ocidente.
Os mortos são quatro mulheres e um homem, com idades que variam de 50 a 70 anos. A lista das vítimas ainda não foi tornada pública pelas autoridades locais. Entre os feridos, por sua vez, há um policial que estava de folga.
“Há muitas cenas de crime. Esta pessoa passou por uma grande área do centro onde foram cometidos atos criminosos“, disse Øyvind Aas, chefe de polícia da região onde os crimes aconteceram, em entrevista coletiva.
O homem será apresentado na sexta-feira a um tribunal local, onde a promotoria pedirá sua prisão preventiva.
A polícia de Kongsberg informou que, amanhã, o homem será apresentado a um tribunal local, onde a promotoria pedirá sua prisão preventiva. A promotora de instrução do caso, Ann Iren Svane Mathiassen, afirmou à imprensa da Noruega que o autor confessou os crimes.
A primeira-ministra interina, Erna Solberg, classificou o caso como “horrível” e uma “situação dramática”. Ela também não quis especular sobre os motivos que levaram o homem a cometer o ataque.