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Senadores propõem legalização de venezuelanos indocumentados nos EUA

Republicano Marco Rubio e democrata Bob Menendez apresentaram a proposta. Eles pleiteiam a concessão de um benefício temporário a ao menos 72 mil imigrantes

Por Da Redação
Atualizado em 1 mar 2019, 14h48 - Publicado em 1 mar 2019, 14h14

Senadores americanos propuseram na quinta-feira 28 um projeto de lei para legalizar a permanência, nos Estados Unidos, de 72.000 cidadãos venezuelanos que fugiram da crise política e econômica de seu país.

O republicano Marco Rubio e o democrata Bob Menendez lideraram a apresentação da proposta acompanhados pelos senadores Dick Durbin, Patrick Leahy e Cory Booker. A medida concederia imediatamente o Status de Proteção Temporária (TPS, em inglês) aos venezuelanos que obedeçam às regras de segurança americanas. Eles poderiam viver legalmente nos Estados Unidos até que a situação na Venezuela for considerada estável. Depois da suspensão do benefício, eles teriam 18 meses para voltar à terra natal.

Os líderes do Senado americano, de maioria republicana, ainda não manifestaram seu posicionamento e não deixaram claro se permitirão que a medida seja submetida a votação. Os apoiadores do projeto esperam que o agravamento da crise na Venezuela, com o bloqueio de fronteiras e o respaldo de Donald Trump à oposição ao ditador Nicolás Maduro, diminuam uma possível resistência.

Por outro lado, o próprio presidente dos Estados Unidos aplica uma política hostil à imigração. Seu governo já acabou com o Status de Proteção Temporária de pelo menos 250.000 salvadorenhos e também suspendeu o benefício a hondurenhos e haitianos. Até o momento, a Casa Branca não se pronunciou sobre a discussão do Senado.

Um projeto de lei similar já foi apresentado na Câmara dos Deputados pelo republicano Mario Diaz-Balart com o democrata Darren Soto. O Comitê Internacional de Resgate, também pediu à administração de Trump para que outorgue o status aos venezuelanos para que eles possam viver legalmente no país.

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A Organização Não Governamental informa que mais de 3,4 milhões de pessoas já deixaram a Venezuela desde 2015. Segundo a estimativa do Comitê, se a crise for mantida esse número pode chegar aos 5 milhões até fevereiro de 2020.

O TPS

Sob a Presidência do republicano George H. W. Bush (1989-1993), o Congresso americano estabeleceu um procedimento que permite ao governo outorgar, de maneira extraordinária, uma permissão temporária de residência e trabalho aos cidadãos de países afetados por conflitos bélicos, epidemias e desastres naturais: o TPS.

Essa permissão não abre nenhuma via para a residência permanente e nem para nenhum outro status de regulamento migratório. Por isso, com a suspensão da proteção especial, os beneficiários têm que retornar ao seu país de origem ou viver como ilegais.

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Os defensores da manutenção do TPS argumentam que mesmo depois de 17 anos dos terremotos, as condições em El Salvador, com grande pobreza e criminalidade, não melhoraram para que seus emigrantes nos Estados Unidos retornem. Além disso, lembram que mais de 51% dos salvadorenhos com o TPS vivem em território americano há pelo menos 20 anos, segundo o Centro para os Estudos sobre a Migração, e sua volta para seu país de origem seria um grande transtorno.

(com Reuters e Agência EFE)

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