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Seguindo Twitter, Facebook remove 790 grupos da conspiração QAnon

Tuítes e usuários envolvidos na comunidade de extrema direita que idolatra Trump foram banidos em julho, criando fluxo para o Facebook

Por Amanda Péchy Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 4 jun 2024, 15h38 - Publicado em 19 ago 2020, 19h32

O Facebook anunciou nesta quarta-feira, 19, que removeu da plataforma 790 grupos de discussão da teoria da conspiração QAnon. A rede social também fez restrições a outros 1.950 grupos, 440 páginas e mais de 10.000 contas do Instagram relacionadas ao movimento de extrema direita, popular entre alguns partidários do presidente Donald Trump e classificado pelo FBI como uma potencial ameaça terrorista doméstica.

Repleta de ramificações, códigos e possíveis interpretações, a teoria foi primeiro limitada pelo Twitter, que deletou mais de 7.000 contas conectadas ao QAnon e promete atingir pelo menos outras 150.000 em todo o mundo. Depois disso, houve um crescimento recorde desta comunidade no Facebook – usuários que migraram de uma plataforma à outra, segundo especialistas.

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De acordo com o jornal britânico The Guardian, no início do mês havia no mínimo 4,5 milhões de seguidores agregados aos grupos QAnon – um crescimento de 34% em relação ao fim de junho. Dados do jornal americano The New York Times mostram que a atividade em alguns dos maiores grupos, incluindo curtidas, comentários e compartilhamentos de postagens, aumentou de 200 a 300 por cento nos últimos seis meses.

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“Temos visto movimentos crescentes que, embora não organizem diretamente a violência, celebram atos violentos, mostram que têm armas e sugerem que as usarão, ou têm seguidores individuais com padrões de comportamento violento”, disse o Facebook em comunicado. A plataforma também bloqueou as hashtags que a comunidade usa para se comunicar, como #digitalarmy (#ExercitoDigital) e #thestorm (#ATempestade).

Para Ethan Zuckerman, diretor do Centro de Mídia Cívica do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), os anons são majoritariamente passivos, mas podem tornar-se violentos – especialmente se Trump não for reeleito em novembro. “Em sua essência, QAnon é um movimento sobre espera. Só que alguns grupos que integram a comunidade, como nacionalistas brancos, são perigosos e violentos há muito tempo”, explicou.

A teoria varia de suposições de que há um “Estado profundo” que tenta derrubar o presidente dos Estados Unidos, a teses de que há uma seita satânica e pedófila envolvendo artistas de Hollywood e políticos do mundo inteiro. Uma vez um fenômeno marginal, QAnon torna-se cada vez mais popular, transitando da Internet para a vida real por meio da política americana.

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Marjorie Taylor Greene, apoiadora declarada do QAnon, recentemente ganhou uma primária republicana e pode ser eleita para a Câmara em novembro, representando o estado da Geórgia. “Q é um patriota”, disse Greene em 2017, referindo-se à misteriosa persona online que lidera a trupe de seguidores. Ela é apenas uma das dezenas de candidatos republicanos que divulgam abertamente a teoria da conspiração.

O Facebook tem acompanhado o crescimento da comunidade desde o início de maio, segundo o Times, mas a rede social temia acusações de censura caso optasse por remover os grupos. Zuckerman concorda parcialmente com a lógica, já que vê a visibilidade como uma arma mais poderosa do que a supressão.

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“Quando uma plataforma remove conteúdo sobre QAnon, confirma as crenças centrais da teoria, como perseguição das elites”, diz Zuckerman. Por outro lado, a visibilidade dos anons também o assusta: “Sempre que converso com um jornalista sobre QAnon, me preocupo de estar colocando lenha na fogueira”.

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