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Twitter bane conta de ex-líder da Ku Klux Klan por discurso de ódio

David Duke já havia sido suspenso do YouTube em junho por 'violação sistemática das políticas' da redes social

Por Caio Saad Atualizado em 31 jul 2020, 14h14 - Publicado em 31 jul 2020, 13h40

Em uma repressão a contas ligadas a discursos de ódio, o Twitter confirmou nesta sexta-feira, 31, a suspensão permanente da conta de David Duke, ex-líder do grupo supremacista branco Ku Klux Klan. 

Segundo a empresa, Duke foi expulso da rede social por violar repetidamente as políticas envolvendo discursos de ódio e links prejudiciais. Sob as regras de uso, são proibidos quaisquer ataques motivados por religião, raça, etnia ou nacionalidade.

A rede social, no entanto, não informou qual publicação específica levou à medida. Ele já havia sido suspenso em 2017, mas apenas temporariamente. 

Ele se juntou à rede social em setembro de 2009 e sua conta tinha mais de 53.000 seguidores. Agora, ao tentarem entrar no perfil de Duke, de 70 anos, usuários verão apenas um alerta informando que a conta foi suspensa por violação de regras. 

Em junho, o YouTube já havia adotado uma medida similar, banindo Duke da plataforma de vídeos por “violação sistemática das políticas contra discurso de ódio”. Além do próprio conteúdo, incluindo falas em que Duke afirmava que minorias sociais são “inferiores”, seguidores frequentemente deixavam comentários racistas.

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Segundo o Southern Poverty Law Center, organização americana de direitos civis conhecida por vitórias judiciais sobre grupos da supremacia branca, Duke “construiu uma reputação internacional como a face americana do nacionalismo branco e um pseudo-acadêmico o antissemitismo”. 

Em sua autobiografia, publicada em 1998, ele compartilha sua defesa de separação racial, em que brancos e negros deveriam morar e trabalhar em bairros diferentes, além de estudar em escolas diferentes. “Trabalharemos pela eventual criação de uma pátria separada para afro-americanos”, afirma no livro.

A Ku Klux Klan é o grupo supremacista branco mais antigo dos Estados Unidos e suas raízes podem ser traçadas até o período de reconstrução do sul do país após a Guerra Civil. O grupo perseguia e torturava negros entre o século 19 e 20, além de expressar retóricas antissemitas, anti-imigrantes e anti-LGBT.

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Sob intensas críticas pelo avanço de conteúdos envolvendo discursos de ódio, o Twitter vem tentando nas últimas semanas coibir publicações nocivas e o compartilhamento de informações falsas. Recentemente, a rede social baniu mais de 7.000 contas ligadas à teoria da conspiração QAnon, que afirma que há um “Estado profundo” que tenta derrubar o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e que há uma seita satânica e pedófila envolvendo artistas e políticos proeminentes. 

Nesta semana, a conta de Donald Trump Jr., filho do presidente americano, Donald Trump, foi suspensa por 12 horas após o compartilhamento de informações enganosas sobre a pandemia do novo coronavírus, incluindo críticas à recomendação do uso de máscaras. Um vídeo de um site da extrema direita replicado pelo próprio presidente também foi apagado nesta semana por promover desinformação sobre a pandemia.

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