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Secretário do Vaticano defende que padres recebam permissão para casar

Arcebispo Charles Scicluna de Malta alega que Igreja “perdeu muitos grandes sacerdotes porque escolheram o casamento”

Por Da Redação
Atualizado em 7 Maio 2024, 16h32 - Publicado em 8 jan 2024, 11h26
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  • O arcebispo Charles Scicluna, de Malta, secretário adjunto no escritório doutrinário do Vaticano e conselheiro do papa Francisco, disse que a Igreja Católica deveria “pensar seriamente” em permitir que padres se casem. Em entrevista publicada no domingo, 7, pelo jornal Times of Malta, ele indicou ser “provavelmente a primeira vez” que opina publicamente e que acredita isso “parecerá herético para algumas pessoas”. 

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    “Se dependesse de mim, eu revisaria a exigência de que os padres sejam celibatários”, defendeu. “A experiência me mostrou que isso é algo em que precisamos pensar seriamente”. 

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    Organizador da cúpula inédita sobre abusos sexuais cometidos por bispos, Scicluna argumentou que padres se casavam no primeiro milênio da história católica, acrescentando que a troca de alianças é permitido nas Igrejas orientais. Ele afirmou, ainda, que a entidade  “perdeu muitos grandes sacerdotes que escolheram o casamento”.

    O religioso de 64 anos contrapôs que “há lugar” para o celibato na Igreja, mas que era preciso entender que padres também se apaixonam. Em uma sinuca de bico, Scicluna acrescentou que eles precisam escolher “entre ela [a mulher que amam] e o sacerdócio” e que, como consequência, “alguns padres lidam com isso envolvendo-se secretamente em relacionamentos sentimentais”.

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    Posicionamento de Francisco

    Em 2019, o papa Francisco descartou possíveis mudanças na regra que impõe o celibato aos funcionários da Igreja. Mas a medida, que não é uma doutrina formal, pode ser alterada por futuros pontífices. Quatro anos depois, Francisco retomou o assunto em uma entrevista, na qual apontou que a regra “não é eterna, como a ordenação sacerdotal” e, sim, uma “disciplina” que poderia ser revista.

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    Apesar da fala branda, o papa rejeitou uma proposta que dava um sinal verde para que homens idosos casados fossem ordenados na Amazônia – nas áreas remotas, fiéis têm contato com padres apenas uma vez ao ano. Os defensores da norma alegam que o impedimento ao sexo permite que os padres se dediquem inteiramente à Igreja, de forma a cumprir a obra que escolheram seguir.

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