No dia seguinte de sua vitória, o presidente eleito Jair Bolsonaro conversou por telefone com o secretário americano de Estado, Mike Pompeo, sobre a parceria entre Brasil e Estados Unidos diante da crise na Venezuela. A informação foi confirmada pelo Departamento de Estado.
Bolsonaro, que manifestou em várias ocasiões uma forte oposição ao regime de Nicolás Maduro na Venezuela, negou na quinta-feira, três dias antes da eleição, que pretenda declarar guerra ao país vizinho. Nesta segunda-feira, em entrevista à RecordTV, o presidente eleito descartou a possibilidade de intervenção militar.
A hipótese de uma solução militar foi aventada pelo próprio governo de Donald Trump. Reportagem do jornal The New York Times informou que, desde o final do ano passado, autoridades americanas têm mantido encontros com um ex-comandante venezuelano que discorda da orientação do regime de Nicolás Maduro.
“Eles falaram da colaboração em assuntos de política externa prioritários, incluindo a Venezuela, a luta contra o crime transnacional e as formas de reforçar as relações econômicas entre os Estados Unidos e o Brasil, as duas maiores economias do hemisfério ocidental”, afirmou a porta-voz do Departamento de Estado, Heather Nauert, em comunicado.
A nota do Departamento de Estado acrescenta que Pompeo parabenizou Bolsonaro pela vitória eleitoral e ressaltou a importância da aliança entre ambos os países, “baseada no compromisso mútuo para promover a segurança, a democracia, a prosperidade econômica e os direitos humanos”.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, falou com Bolsonaro por telefone no domingo, pouco depois do resultado da apuração eleitoral.
“Tive uma ótima conversa com o recém-eleito presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, quem ganhou as eleições por uma margem substancial. Concordamos que Brasil e EUA trabalharão estreitamente em matéria comercial, militar e tudo mais. Excelente conversa, dei os meus parabéns”, descreveu Trump nesta segunda-feira no Twitter.
(Com EFE)