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Secretária de Imprensa da Casa Branca confunde Brasil com Venezuela

Após questionamento sobre o encontro bilateral entre Bolsonaro e Biden, Karine Jean-Pierre afirmou que 'os EUA continuam a reconhecer Juan Guaidó'

Por Amanda Péchy e Caio Saad
Atualizado em 8 jun 2022, 17h30 - Publicado em 8 jun 2022, 16h52

A nova secretária de Imprensa da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, confundiu o Brasil com a Venezuela durante o briefing diário com jornalistas em Washington, D.C., nesta quarta-feira, 8.

Após um questionamento sobre o encontro bilateral entre os presidentes Jair Bolsonaro e Joe Biden, que deve acontecer no fim da tarde desta quinta-feira, 9, a secretária de Imprensa afirmou que “os Estados Unidos continuam reconhecendo apenas Juan Guaidó”, o autoproclamado presidente da Venezuela e líder da oposição a Nicolás Maduro.

Um dos jornalistas no briefing perguntou a Jean-Pierre: “O presidente [Joe Biden] vai encontrar-se com o presidente do Brasil, Jair Bolsonaro. Há reportagens da [agência de notícias] AP que dizem que Bolsonaro queria concessões do presidente [Biden] para realizar a reunião e para comparecer à Cúpula das Américas, que ele não poderia mencionar os questionamentos de Bolsonaro sobre o sistema eleitoral brasileiro, assim como preocupações ambientais na Amazônia. Você pode confirmar essas reportagens?”

+ O que esperar do encontro entre Biden e Bolsonaro 

Depois de dizer que não podia confirmar as informações, Karine Jean-Pierre respondeu: “O presidente está ansioso para ir à cúpula amanhã, que estamos sediando. O que posso dizer é isso: os Estados Unidos continuam a reconhecer Juan Guaidó como presidente interino da Venezuela. Dito isso, enquanto o governo interino não foi convidado a participar da cúpula principal, é bem-vindo para participar em todos os três fóruns de stakeholders e outros eventos.”

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Jean-Pierre também pronunciou o nome de Juan Guaidó errado, dizendo “Gwadó”.

Os Estados Unidos excluíram as nações que não consideram “democráticas” da Cúpula das Américas: Venezuela, Cuba e Nicarágua. A decisão criou uma avalanche de líderes da América Latina que se recusaram a comparecer ao evento. O presidente do México, Andrés Manuel López Obrador (o AMLO), foi líder do movimento e confirmou que vai faltar. “Esta é a Cúpula das Américas ou a Cúpula dos Amigos da América?”, chegou a perguntar.

Jair Bolsonaro estava no rol dos líderes que ameaçaram esvaziar a cúpula, mas não devido às exclusões dos Estados Unidos. Sua relação com o presidente Biden é fria desde que o americano foi eleito em 2020, devido aos laços estreitos que partilhava com o ex-presidente Donald Trump. O líder brasileiro só foi convencido a comparecer ao evento depois que lhe foi prometida uma reunião bilateral com o chefe da Casa Branca – será o primeiro encontro entre os dois.

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Talvez daí a confusão de Jean-Pierre – ainda que não justifique a troca. Ela trabalhava até pouco tempo como braço direito da então assessora Jen Psaki e assumiu o cargo de secretária de Imprensa no começo de maio. Primeira pessoa negra com a função de apresentar as mensagens diários do governo e responder às dúvidas da imprensa, ela também é a primeira abertamente LGBTQIA+ a ocupar a posição.

+ EUA têm trabalho para convencer vizinhos a não esnobar Cúpula das Américas

Além de um currículo de anos no governo, o ineditismo também completa uma peça-chave para montar a narrativa da Presidência, um esforço no qual assessores têm fracassado em avançar. Uma pesquisa de opinião do Instituto de Política de Harvard, publicada em abril, mostra que apenas 41% dos jovens dos Estados Unidos aprovam o desempenho de Biden.

A escolha pode se provar eficaz para reverter a tendência de queda de popularidade e gerar maior representação, já que muitos dos americanos em grupos minoritários também se sentem ameaçados por causa de sua identidade, segundo a pesquisa de Harvard.
Pouco menos da metade dos jovens que se identificam como LGBTQ, 45%, dizem sentir que as pessoas com sua orientação sexual estão sendo muito atacadas. Cerca de 59% dos jovens negros concordam fortemente que “estão sob ataque”, assim como 43% dos jovens asiáticos e das ilhas do Pacífico, 37% dos jovens hispânicos e 19% dos jovens brancos.

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