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Sarkozy é indiciado por financiamento líbio de campanha na França em 2007

Ex-presidente da França foi interrogado durante 26 horas nos últimos dias

Por Da redação
Atualizado em 21 mar 2018, 20h50 - Publicado em 21 mar 2018, 20h49
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  • O ex-presidente da França Nicolas Sarkozy foi indiciado nesta quarta-feira pelo suposto financiamento ilegal de sua campanha presidencial em 2007 com dinheiro do regime líbio, na época governado por Muamar Kadafi.

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    Sarkozy, de 63 anos, é acusado de “corrupção passiva”, “financiamento ilícito de campanha eleitoral” e “acobertamento de fundos públicos líbios” e foi submetido a controle judicial, informou uma fonte próxima à investigação à agência de notícias AFP.

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    O ex-presidente conservador, que nega todas as acusações, foi liberado e voltou para casa, após ter sido interrogado ao longo de dois dias no Escritório Central de Luta contra a Corrupção e as Infrações Financeiras e Fiscais (OCLCIFF) de Nanterre, nos arredores de Paris.

    O ex-presidente (2007-2012) tinha sido detido na manhã de terça-feira e foi interrogado durante 26 horas, com apenas uma pausa para dormir em casa na noite de terça para quarta.

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    A Justiça francesa abriu uma investigação judicial em 2013 depois de, um ano antes, o portal de investigações Mediapart revelar um documento do ex-chefe dos serviços de Inteligência líbios, segundo o qual o regime de Muamar Kadafi aceitou financiar com 50 milhões de euros (200 milhões de reais) a campanha presidencial de 2007 de Sarkozy.

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    Este caso é o escândalo de financiamento político mais explosivo da França e uma das várias investigações legais que pesam sobre Sarkozy desde que deixou a Presidência em 2012.

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    Brice Hortefeux, um político ligado a Nicolas Sarkozy e que foi seu ministro do Interior, também foi interrogado ao longo de terça-feira até o fim da noite, mas não foi detido.

    Malas de dinheiro em espécie

    As suspeitas sobre Sarkozy se baseiam em testemunhos e operações obscuras, mas os juízes que investigam este caso há cinco anos ainda não obtiveram qualquer prova.

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    Em março de 2011, quando a França acabava de reconhecer a oposição do regime líbio como único interlocutor, o filho de Kadafi, Seif al Islam, fez a primeira acusação: “Sarkozy deve devolver o dinheiro!”, disse, sem a apresentação de provas.

    Outro testemunho importante é o do suposto intermediário dessas operações, o franco-libanês Ziad Takieddine, que em entrevista em 2016 ao Mediapart, admitiu ter entregue três malas cheias de dinheiro em espécie enviadas pelo líder líbio em 2006 e em 2007 para ajudar Sarkozy a chegar ao Palácio do Eliseu, sede do Executivo francês.

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    Segundo a agência anticorrupção francesa, quantias significativas de dinheiro em espécie circularam entre a equipe de campanha do então candidato Sarkozy. O tesoureiro de campanha Eric Woerth afirma, entretanto, que esse dinheiro foi fornecido por doadores anônimos.

    Esta não é a primeira vez que Sarkozy é interrogado em um caso judicial. Em julho de 2014, foi o primeiro ex-presidente francês a ser detido para interrogatório em um caso de suspeita de tráfico de influência.

    Ele também é citado em outros casos, tendo sido liberado de alguns, mas ainda podendo ir a julgamento por outros.

    (Com AFP)

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