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‘Russofobia’: Socialites russas dizem ser impedidas de comprar na Chanel

Influenciadoras acusam marca de impedir venda de itens de luxo para russos em Dubai; Empresa fechou todas as suas lojas na Rússia

Por Da Redação Atualizado em 5 abr 2022, 20h10 - Publicado em 5 abr 2022, 16h33

Influenciadores e socialites russos alegam que estão sendo impedidos de realizar compras em lojas de artigos de luxo, como a Chanel, e estão sendo informados que isso seria parte da política da empresa de não vender para clientes que pretendem levar seus produtos para a Rússia.

A influenciadora Anna Kalashnikova, com mais de 2,4 milhões de seguidores nas redes sociais, usou a sua conta no Instagram para acusar a Chanel de “russofobia”. Segundo Anna, a marca não permitiu que ela comprasse um par de brincos e uma bolsa em uma loja da grife em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos.

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“Como muitas vezes venho a Dubai para a Fashion Week, os gerentes da loja me reconheceram e disseram que sabiam que sou uma celebridade na Rússia e que eu levaria meus produtos para lá, me proibindo de comprar qualquer item”, disse Kalashnikova em seu post.

Ela disse ainda que a experiência a “fez lembrar de como Coco Chanel, criadora da marca, não era apenas amante de um nazista, mas sim uma agente fascista”, completando que as ações da francesa a fazem refletir sobre a atual política da empresa.

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Trazer à tona a relação da estilista com a Alemanha nazista ecoa diretamente na justificativa do governo russo para ter invadido a Ucrânia. Moscou diz se tratar de uma “operação especial” para desnazificar o país vizinho, ato que levou a Rússia a sofrer uma série de sanções por países ocidentais. 

Embora a Chanel ainda não tenha se pronunciado de maneira oficial sobre a suposta restrição de venda, o jornal britânico Daily Mail afirmou que a empresa emitiu um comunicado que apontava que as sanções impostas pela União Europeia proibiam a “venda, direta ou indireta, de artigos de luxo para qualquer pessoa física, jurídica ou entidade na Federação Russa”.

A designer de interiores e influenciadora Liza Litvin também detalhou em sua conta no Instagram uma experiência semelhante de não conseguir comprar itens da Chanel em Dubai. De acordo com o relato, foi necessário assinar um acordo declarando que ela não morava na Rússia e que não usaria a bolsa em território russo.

A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores russo, Maria Zakharova, se pronunciou dizendo que a marca apoia o nazismo ao não vender produtos para os clientes russos.

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“Acabamos de abrir um armário do qual caíram esqueletos de 80 anos que ainda não haviam se decomposto. Somos um país paciente e gostamos de perdoar a todos, abrindo um novo caminho para o futuro. No entanto, se esse caminho for um círculo vicioso, precisamos quebrá-lo”, disse em comunicado.

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Em março, a Vogue Business informou que as lojas de luxo na Rússia registraram aumento de três vezes no número de compradores porque as “pessoas estavam comprando o máximo possível enquanto ainda tinham dinheiro”.

Dias depois, marcas expressivas como Louis Vuitton, Prada, Kering e até mesmo Chanel anunciaram o fechamento temporário de suas lojas em território russo.

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