Rússia lança maior ataque de drones à Ucrânia desde o início da guerra
Força Aérea ucraniana diz ter abatido 76 dos 188 drones lançados durante a madrugada, disparados contra dezessete regiões do país
A Rússia lançou um recorde de 188 drones contra a Ucrânia durante a madrugada desta terça-feira, 26, de acordo com Kiev. Este foi o maior ataque aéreo feito em um único dia desde o início da guerra, em fevereiro de 2022.
Segundo a Força Aérea ucraniana, 76 drones foram abatidos em 17 regiões do país, enquanto outros 95 foram perdidos de seus radares ou neutralizados por sistemas defensivos de interferência eletrônica.
“Durante o ataque noturno, o inimigo lançou um número recorde de veículos aéreos não tripulados de ataque Shahed e drones não identificados”, disse a Força Aérea na terça-feira, referindo-se aos dispositivos de fabricação iraniana que a Rússia usa no conflito, acrescentando que Moscou também disparou quatro mísseis balísticos Iskander-M.
Não houve relatos de vítimas nas regiões-alvo, mas prédios residenciais e infraestruturas essenciais, como a rede elétrica nacional, foram danificados.
O Ministério da Defesa russo, por sua vez, disse na terça-feira que suas forças destruíram 39 drones ucranianos que sobrevoavam regiões russas perto da fronteira com a Ucrânia.
Escalada nas tensões
O ataque ocorre em um momento de escalada nas tensões entre Moscou e Kiev, após a Rússia lançar, pela primeira vez, um míssil balístico intercontinental (ICBM) contra a Ucrânia na semana passada. Apenas sete nações possuem esse armamento, que tem capacidade para transportar ogivas nucleares a grandes distâncias.
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Em resposta ao ataque russo, representantes da Ucrânia e dos 32 países-membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) se reuniram em Bruxelas nesta terça-feira para discutir os impactos das novas armas russas e qual será a resposta da aliança militar.
Na semana passada, os Estados Unidos e o Reino Unido permitiram que os ucranianos usem armas produzidas por eles para atingir alvos dentro da Rússia. A decisão foi impulsionada pelo recente aumento da presença militar na fronteira russa com a Ucrânia, incluindo o envio de mais de 10.000 soldados norte-coreanos para a região.