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Rússia e China fecham pactos econômicos, em afronta a pressão do Ocidente

Primeiro-ministro da Rússia visitou Pequim para encontro com Xi; Moscou depende da economia chinesa para contornar sanções ocidentais

Por Da Redação
24 Maio 2023, 08h58
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  • O primeiro-ministro da Rússia, Mikhail Mishustin, assinou um conjunto de acordos com a China nesta quarta-feira, 24, durante uma viagem a Pequim. Segundo ele, os laços bilaterais entre os países atingiram um nível sem precedentes, apesar da pressão do Ocidente contra a aliança, especialmente em meio à guerra na Ucrânia.

    Mishustin, o político russo de mais alto escalão a visitar Pequim desde que Moscou invadiu a Ucrânia em fevereiro de 2022, conversou com o primeiro-ministro chinês, Li Qiang, e se encontrará com o presidente do país, Xi Jinping.

    “Hoje, as relações entre a Rússia e a China estão em um nível sem precedentes”, disse Mishustin a Li na reunião. “Elas são caracterizadas pelo respeito mútuo aos interesses um do outro, pelo desejo de responder conjuntamente a desafios, associados ao aumento da turbulência na arena internacional e à pressão de sanções ilegítimas do Ocidente”, completou.

    Sentindo o peso das sanções ocidentais após mais de um ano de guerra, Moscou está se apoiando em Pequim, muito mais do que a China na Rússia, alimentando-se da demanda chinesa por petróleo e gás.

    As remessas de energia da Rússia para a China devem aumentar 40% este ano, e os dois países estão discutindo o fornecimento de equipamentos tecnológicos para Moscou, informou a agência de notícias Interfax.

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    Os acordos assinados, além disso, incluíam a cooperação em investimentos em serviços comerciais, um pacto sobre exportação de produtos agrícolas para a China e outro sobre cooperação esportiva.

    A pressão do Ocidente contra a aliança foi renovada durante a cúpula do G7, no último fim de semana, quando o grupo emitiu um comunicado sobre suas posições a respeito da Rússia, Taiwan, bullying comercial, monopólio econômico e interferência doméstica.

    Pequim rejeitou as tentativas ocidentais de vincular sua parceria com Moscou à Ucrânia, insistindo que seu relacionamento não viola as normas internacionais, a China tem o direito de colaborar com quem escolher e sua cooperação não visa terceiros países.

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