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Rússia é acusada de usar aterro em Kherson para queimar cadáveres

De acordo com relatos dos moradores, a área foi isolada e centenas de caminhões com sacos pretos chegavam ao local com frequência durante o verão

Por Da Redação
21 nov 2022, 16h00

O Exército da Rússia teria utilizado um aterro sanitário na cidade ucraniana de Kherson para queimar corpos durante o período de ocupação, acusaram os moradores nesta segunda-feira, 21.

De acordo com o jornal britânico The Guardian, o local se tornou uma área proibida pelas forças invasoras porque seria o ponto de despejo de soldados abatidos. Além dos corpos, foram encontradas bandeiras, uniformes e capacetes.

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Segundo relatos dos moradores, era possível ver caminhões russos chegando ao aterro com frequência carregados de sacolas pretas que foram incendiadas, enchendo o ar com uma grande nuvem de fumaça e um forte cheiro de carne queimada. 

A prática teve início durante o verão, quando as forças ucranianas intensificaram a contraofensiva para retomar a cidade. Apesar dos testemunhos, ainda não houve um posicionamento oficial de nenhuma parte envolvida e as autoridades ucranianas não puderam confirmar se estavam em investigação. 

“Os russos dirigiram um caminhão cheio de lixo e cadáveres todos juntos e descarregados. Você acha que alguém iria enterrá-los? Eles os despejaram e depois jogaram o lixo sobre eles, e é isso”, disse um coletor de lixo de Kherson ao Guardian

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Ainda de acordo com ele, não era possível identificar se os corpos eram de soldados ou civis. Um outro relato afirma que o Exército russo montou um posto avançado na estrada que leva ao aterro e proibiu que cidadãos comuns entrassem na área. 

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De acordo com o Ministério da Defesa da Rússia, 6.000 soldados foram mortos na Ucrânia desde o início da guerra, mas uma estimativa feita pelos Estados Unidos no final do verão apontou que mais de 80.000 russos foram mortos ou feridos desde o início do conflito, em 24 de fevereiro. 

Para alguns analistas da guerra, a queima de cadáveres era a melhor maneira de se livrar deles, uma vez que as pontes sobre o rio Dnipro eram muito frágeis para aguentar o peso dos corpos. 

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Embora se recuse a confirmar qualquer informação, o serviço de inteligência da Ucrânia acredita que os corpos de milhares de soldados russos estão sendo descartados informalmente, uma vez que o Kremlin os registra como “desaparecidos em ação”, uma maneira de mascarar o número oficial de mortes. 

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Em maio, um telefonema interceptado de um soldado russo captou o momento em que ele diz que seus companheiros foram enterrados em um enorme lixão nos arredores de Donetsk e que as montanhas de mortos chegavam a dois metros de altura.

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