A Rússia afirmou que cerca de 300 soldados ucranianos atravessaram a fronteira russa em um “ataque massivo” à região de Kursk, no sudoeste do país, nesta terça-feira, 6, deixando cinco pessoas mortas e pelo menos 20 feridas durante os combates, segundo o governador da região, Alexei Smirnov.
O Ministério da Defesa de Moscou disse que enviou reservas para impedir a entrada dos militares ucranianos da 22ª brigada, apoiados por “11 tanques e mais de 20 veículos blindados de combate”, no território russo. As forças ucranianas atacaram por terra e ar para entrar na Rússia perto das aldeias de Nikolayevo-Daryino e Oleshnya.
“Poder de artilharia, ataques de aviação do exército e ataques de drones estão sendo infligidos ao inimigo”, disse o ministério em um comunicado. “Depois de sofrer perdas, o grupo de sabotagem ucraniana recuou para seu território.”
O presidente russo, Vladimir Putin, classificou o ataque à Kursk como uma “grande provocação” nesta quarta-feira, 7, acrescentando que o exército ucraniano estava conduzindo “bombardeios indiscriminados contra alvos civis” na região.
Em uma publicação no aplicativo de mensagens Telegram, Smirnov disse que o exército ucraniano bombardeou uma área de fronteira, ferindo duas crianças, mas os soldados russos e forças de fronteira do Serviço Federal de Segurança (FSB) impediram o avanço dos ataques.
Declarações controversas
Em contraste com as declarações do ministério russo e de Smirnov, que alegaram que o ataque foi repelido, relatos de blogueiros militares russos nas redes sociais indicam que as forças ucranianas conseguiram avançar no território inimigo.
Em uma das publicações, o blogueiro militar russo Rybar afirmou que os combates continuam e que a situação em Kursk permanece tensa. “A julgar pelas últimas filmagens, as formações ucranianas conseguiram avançar”, escreveu ele.
O chefe de um departamento antidesinformação do Conselho de Segurança e Defesa Nacional da Ucrânia, Andrii Kovalenko, disse que “os soldados russos estão mentindo sobre o controle da situação na região de Kursk. A Rússia não controla a fronteira.”