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Rússia despacha 50 mil soldados a Kursk, região invadida por ucranianos

Do lado russo, também estariam soldados da Coreia do Norte; na semana passada, Zelensky alegou que 11 mil norte-coreanos atuavam na área

Por Da Redação 11 nov 2024, 16h28
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  • O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, disse nesta segunda-feira, 11, que 50 mil soldados russos foram enviados para a região russa de Kursk, alvo de uma invasão surpresa ucraniana desde agosto. No aplicativo de mensagens Telegram, Zelensky escreveu que os militares de Kiev “continuam a conter” o “grupo inimigo de quase 50 mil homens” no local.

    O anúncio ocorre um dia após um oficial dos Estados Unidos, sob condição de anonimato, afirmar à emissora americana CNN que Moscou deslocaria dezenas de milhares de soldados para atacar áreas controladas pelos ucranianos em Kursk. Do lado russo, também estariam tropas enviadas pela Coreia do Norte. Na semana passada, Zelensky alegou que 11 mil norte-coreanos atuavam na região do sul da Rússia, que faz fronteira com o território ucraniano.

    Ajuda norte-coreana

    Um comandante da Ucrânia também relatou à CNN que forças de Pyongyang já participavam na última semana de operações em Kursk, Belforod e territórios ucranianos que foram ocupados pela Rússia ao longo da guerra, iniciada em fevereiro de 2022.

    A Coreia do Norte tem um dos maiores exércitos do mundo, composto por cerca de 1,2 milhão de soldados. Grande parte deles, no entanto, não têm experiência no campo de batalha.

    Em outubro, os Estados Unidos e a Ucrânia acusaram a Rússia de fornecer treinamento militar para norte-coreanos. Questionado por um repórter sobre a movimentação, o presidente do país, Vladimir Putin, não negou nem confirmou a história. Ao mesmo tempo, porém, denunciou países da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) por agravarem o cenário do conflito.

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    + Rússia intensifica ataques com dez vezes mais drones para sobrecarregar defesas da Ucrânia

    Troca de ataques

    A Rússia tem conduzido ondas de ataques com drones constantes contra a Ucrânia, enquanto seus soldados avançam ao leste do país. No fim de semana, ambos os lados dispararam números recordes de drones. Apenas por Moscou, foram 145 na noite de sábado. Kiev, por sua vez, disparou drones contra a capital russa na madrugada de domingo.

    A escalada acontece em meio a uma série de advertências do líder ucraniano. Em diferentes publicações no X, antigo Twitter, Zelensky afirmou que Moscou tem usado “dez vezes mais drones Shahed do que no outono passado”, referindo-se a dispositivos de fabricação iraniana.

    “Apenas na última noite e noite, nossos defensores destruíram quase 50 UAVs (sigla em inglês para Veículos Não Tripulados) inimigos. Tais ataques acontecem diariamente”, indicou ele na semana passada. “Nesta luta implacável contra o terror russo, é importante que nossos guerreiros sintam o apoio de nossos parceiros — em determinação, sistemas de defesa aérea, pacotes de defesa e pressão sustentada sobre o agressor”.

    Ao mesmo tempo, soldados da Ucrânia enfrentam “uma das mais poderosas ofensivas russas” desde o início da guerra nas linhas de frente do leste. A última quarta-feira também marcou o terceiro mês da incursão da Ucrânia na região russa de Kursk. Em agosto, os militares de Kiev passaram a controlar 1.000 quilômetros quadrados do território russo.

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