Atualmente vice-presidente do Conselho de Segurança da Federação Russa, o ex-presidente russo Dmitri Medvedev afirmou nesta quarta-feira, 22, que a Rússia vai desaparecer caso o país perca a guerra na Ucrânia.
“Se a Rússia interromper a operação militar especial sem alcançar a vitória, a Rússia desaparecerá, será despedaçada”, disse em publicação no Telegram. Por outro lado, afirmou que, “se os EUA pararem de fornecer armas ao regime de Kiev, a guerra terminará”.
Mais cedo nesta quarta-feira, o presidente americano, Joe Biden, se comprometeu a fortalecer a resistência ocidental à agressão russa.
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“Se a Rússia parasse de invadir a Ucrânia, isso acabaria com a guerra. Se a Ucrânia parasse de se defender da Rússia, seria o fim da Ucrânia”, afirmou Biden, no que Medvedev considerou ser uma “mentira refinada” .
O ex-presidente russo também criticou a iniciativa de Biden por estar apelando “para pessoas de outros países” em um momento que os EUA estão “cheio de problemas domésticos”. Ele acrescentou que os cidadãos russos não deveriam acreditar no líder do país que “desencadeou a maioria das guerras nos séculos 20 e 21” e atualmente censura a Rússia “por agressividade”.
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“Como devemos ouvir um político de um estado hostil que exala ódio por nossa pátria?”, questionou Medvedev.
Além disso, o russo repetiu alegações de que as autoridades americanas usam a tática do “whataboutism”- estratégia de tentar desacreditar a posição do argumentador ao acusá-lo de hipocrisia sem refutar seu argumento. Segundo ele, o objetivo de Biden é garantir que a Rússia sofra uma “derrota estratégica”.