O Kremlin elogiou, nesta quarta-feira, 1, a oferta da empresa russa de energia Fores para pagar uma “recompensa” de US$ 72 mil aos primeiros soldados que destruírem e capturarem tanques Leopard 2 ou M1 Abrams, fabricados pela Alemanha e Estados Unidos, respectivamente, no campo de batalha na Ucrânia. Para a firma, a medida vai estimular as forças russas a saírem vitoriosas da guerra.
Na semana passada, os Estados Unidos e a Alemanha cederam à pressão de Kiev e se juntaram ao Reino Unido no envio de tanques de guerra para a Ucrânia. Desde o início da invasão russa, no dia 24 de fevereiro de 2022, os países ocidentais têm relutado em enviar armamentos militares ofensivos para as forças ucranianas.
A Rússia reagiu com fúria à decisão das duas potências, que criticou os membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e afirmou que isso levaria a uma escalada perigosa.
O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, afirmou nesta quarta-feira que os soldados russos estavam preparados para “queimar todos os tanques” que fossem entregues à Ucrânia. Moscou também alertou que os novos suprimentos ocidentais iriam “queimar como todo o resto”.
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Os veículos armados enviados à Ucrânia possuem uma tecnologia mais avançada do que qualquer outro tanque usado pelo país em confrontos com a Rússia. Atualmente, os militares ucranianos utilizam artefatos da era soviética.
Ainda pode demorar meses meses até que os blindados cheguem às linhas de frente no leste e no sul do país, mas a mudança significa uma garantia para uma defesa de longo prazo da Ucrânia.
Mesmo com ameaças maiores, a Rússia continua a argumentar o fornecimento de armamentos ofensivos só vai adiar a sua “vitória inevitável”.