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Rivalizando China, premiê japonês visita Kiev enquanto Xi está em Moscou

Fumio Kishida prometeu apoio inabalável ao presidente da Ucrânia, com conversas sobre reconstrução e ajuda humanitária

Por Da Redação
Atualizado em 4 jun 2024, 11h13 - Publicado em 21 mar 2023, 11h39

O primeiro-ministro do Japão, Fumio Kishida, viajou a Kiev nesta terça-feira, 21, onde prometeu apoio inabalável ao presidente da Ucrânia, abrindo negociações sobre auxílio para a reconstrução do país bombardeado pela Rússia e ajuda humanitária para a população.

Enquanto isso, do outro lado da fronteira, o líder chinês, Xi Jinping, está em Moscou e foi descrito pelo presidente russo, Vladimir Putin, como “grande amigo e parceiro”. A China pode insistir que é neutra, mas suas ações denunciam uma preferência pelo Kremlin no conflito.

Nesta terça-feira, Xi disse que a China priorizaria seus laços com a Rússia e descreveu os dois países como “grandes potências vizinhas”. Dados os eventos em Moscou, a ótica e o momento da viagem paralela de Kishida são notáveis.

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É raro que um líder japonês viaje ao exterior sem avisar. A visita foi mantida em segredo até poucos momentos antes de seu avião pousar na capital ucraniana, devido a preocupações com sua segurança. Kishida, na verdade, é o primeiro premiê a se deslocar para um país em conflito desde a Segunda Guerra Mundial.

Segundo o Ministério das Relações Exteriores do Japão, seu primeiro-ministro vai “mostrar respeito pela coragem e paciência do povo ucraniano que está se levantando para defender sua pátria, e mostrar solidariedade e apoio inabalável”. Além disso, vai demonstrar a “rejeição absoluta à mudança de status quo unilateral da Rússia por invasão e força”, acrescentou a pasta.

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Kishida está sob crescente pressão para visitar a Ucrânia, demanda que vem de seu próprio Partido Liberal Democrático. Até hoje, ele era o único líder do G7 que não viajou a Kiev desde que a Rússia invadiu o território ucraniano no ano passado. Já em maio passado, após três meses de guerra, houve pedidos para que ele se encaminhasse para lá antes de presidir uma cúpula do G7 em Hiroshima.

Na semana passada, Kishida já havia garantido um gol diplomático ao realizar uma cúpula com o presidente da Coreia do Sul em Tóquio – a primeira vez que isso aconteceu em mais de uma década. Normalizar os laços com Seul, compartilhar inteligência e mostrar uma frente unida contra a Coreia do Norte deve agradar o aliado estratégico do Japão, os Estados Unidos.

A visita à Ucrânia, sem dúvidas, também será bem recebida por Washington.

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Da parte da China, a viagem de Xi a Moscou faz parte de um esforço para expandir a influência global do país. A presença do líder do Japão na Ucrânia, ao mesmo tempo, envia uma forte mensagem sobre onde as duas nações do Pacífico estão nessa turbulência geopolítica.

Apesar da afronta, o Japão precisa ter muito equilíbrio no relacionamento com a China. No mês passado, os dois países realizaram negociações de segurança em Tóquio pela primeira vez em quatro anos. Pequim disse estar preocupada com a escalada militar do Japão e Tóquio criticou os laços militares da China com a Rússia, bem como sua suspeita de uso de balões espiões.

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Pequim e Tóquio são a segunda e a terceira maiores economias do mundo, e um canal de comunicação aberto é fundamental, apesar das tensões atuais.

O Japão também tem suas próprias preocupações sobre a guerra na Ucrânia. Há uma profunda preocupação com possíveis paralelos entre a invasão russa e uma possível incursão militar chinesa contra Taiwan – o que sem dúvida afetaria os japoneses.

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