Rishi Sunak será novo primeiro-ministro do Reino Unido
Após adversária falhar em assegurar o apoio mínimo de 100 parlamentares do Partido Conservador, ex-ministro das Finanças vence por falta de concorrência
O ex-ministro das Finanças do Reino Unido, Rishi Sunak, será o novo primeiro-ministro do país, depois que sua adversária, Penny Mourdant, falhou em assegurar o número mínimo de apoios do Partido Conservador e desistiu da corrida nesta segunda-feira, 24.
Sunak é o único membro do partido que garantiu o apoio de pelo menos 100 parlamentares conservadores até as 14h (10h de Brasília) desta segunda, fazendo com que ganhasse a indicação do partido por falta de concorrência. O ex-primeiro-ministro, Boris Johnson, disse que havia assegurado o apoio de 102 conservadores, mas anunciou sua saída da corrida na noite de domingo 23.
O ex-ministro das Finanças entrou na corrida oficialmente na noite de domingo, após muita especulação. Apesar do seu papel na queda de Johnson – ele foi um dos ministros que desertou em protesto contra o líder –, elogiou-o por sua gestão como premiê e pela decisão de desistir de uma nova tentativa de ocupar o cargo.
Segundo Graham Brady, líder do Comitê de 1992, órgão que gerencia a troca de liderança do Partido Conservador, disse anteriormente que o novo chefe da legenda seria instaurado até esta sexta-feira, 28. Portanto, Sunak deve tornar-se premiê na mesma data, e fará história como o primeiro líder britânico não branco.
A disputa pela liderança da legenda – e do país – começou na quinta-feira passada, quando a então primeira-ministra, Liz Truss, renunciou ao cargo em meio a uma crise política gerada por um plano econômico que defendia grandes cortes de impostos para os ricos em meio a uma crise econômica.
+ Liz Truss, a que foi sem ter sido
Sunak foi o segundo colocado na última disputa a premiê do Reino Unido, atrás de Truss, depois que Johnson também renunciou ao cargo após uma série de escândalos ligados à pandemia da Covid-19. Ele será o o quinto primeiro-ministro conservador do Reino Unido desde que a separação da União Europeia foi aprovada, em 2016, e o quarto desde que o processo entrou na reta final, em 2019.
A maior preocupação entre os conservadores é que tanta turbulência leve o Parlamento a aprovar uma antecipação das eleições (o atual mandato vai até 2025). Depois de uma vitória acachapante em 2019, os conservadores aparecem nas pesquisas com 24% das intenções de voto, contra 50% dos trabalhistas.