O Conselho de Segurança das Nações Unidas se reuniu neste domingo, 8, em Nova Iorque para discutir o conflito entre Israel e o Hamas. O encontro, emergencial, aconteceu menos de 48 horas após o grupo extremista dar início a uma ofensiva sem precedentes contra Israel. Os ataques já somam mais de 1.100 mortes.
As tratativas se deram a portas fechadas e são mantidas sob sigilo. Não houve um consenso sobre o conflito iniciado no último sábado, 7.
Após o encontro, o diplomata Sérgio Danese, representante do Brasil na reunião, afirmou que um enviado especial da ONU que está em Israel fez um relato sobre a situação no local.
“A tônica das intervenções foi no sentido de refletir sobre a necessidade de se voltar a um processo negociador o mais rapidamente possível”, afirmou Danese. A expectativa é que outra reunião aconteça nos próximos dias. A falta de um posicionamento indica que não há uma unanimidade no grupo. Neste domingo, os Estados Unidos anunciaram o envio de uma ajuda militar a Israel.
Responsável pela convocação da reunião, o Brasil assumiu a presidência do conselho no último dia 1º, pelo período de um mês. O mandato do país como membro do órgão durará até o fim de 2023.
Em nota divulgada neste sábado, o governo brasileiro condenou os atentados contra Israel, afirmou que “não há justificativa para o recurso à violência, sobretudo contra civis” e disse ser urgente a retomada das negociações de paz.
O Conselho de Segurança é uma instância da ONU responsável pela manutenção da paz e da segurança internacionais. O órgão é formado por 15 países, dos quais cinco têm assento permanente: China, Estados Unidos, França, Reino Unido e Rússia. A cada cinco anos, cinco novos países são eleitos para compor o conselho.