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Relatório denuncia superlotação em centros para imigrantes ilegais nos EUA

Documento revela falta de comida quente e condições de higiene; menores são mantidos separados dos pais por mais de 72 horas

Por Da Redação
Atualizado em 3 jul 2019, 15h41 - Publicado em 3 jul 2019, 14h35
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  • O Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos (DHS) alertou nesta terça-feira 2 para os riscos causados pela superlotação e a insegurança nos centros de detenção de imigrantes ilegais no Texas, onde os congressistas democratas têm denunciado “terríveis” condições de vida.

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    “Estamos preocupados com a superlotação e a permanência prolongada, que representam um risco imediato para a saúde e a segurança dos agentes e oficiais do DHS, assim como para os detidos”, destaca um relatório da inspetoria geral do departamento.

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    Em junho, dois membros do DHS visitaram cinco centros de detenção na fronteira com o México, por onde um grande número de emigrantes tentou entrar ilegalmente nos Estados Unidos nos últimos meses.

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    Em maio, 144.000 pessoas foram detidas por agentes de fronteira (CBP), mas não há espaço suficiente nestas estruturas ou nos centros de recepção para onde normalmente se transfere menores e famílias.

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    Segundo o relatório, crianças com menos de sete anos não acompanhadas permanecem por mais de duas semanas esperando sua transferência, quando deveriam ser entregues a parentes ou agências governamentais especializadas no prazo de 72 horas.

    Entre as condições que violam os padrões do DHS os inspetores assinalaram a falta de lavanderias, chuveiros, comidas quentes e a possibilidade de mudança de roupa.

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    Algumas fotos no relatório revelam celas abarrotadas e habitações divididas por telas de arame. Um funcionário descreve a situação como uma “bomba relógio”, citando vários incidentes ocorridos entre os detidos.

    A publicação do relatório ocorre após congressistas democratas visitarem alguns centros de detenção da polícia de fronteira nas cidades de El Paso e Clint, diante do território mexicano.

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    O líder da delegação, o deputado pelo Texas Joaquín Castro, relatou à imprensa ter visto celas femininas “sem água corrente” e onde as detidas tinham que beber “água das privadas”.

    A congressista por Nova York Alexandria Ocasio-Cortez, que também integrou a delegação, declarou que os imigrantes estão sendo submetidos a uma “crueldade sistêmica”.

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    Nesta semana, o site de notícias independente ProPublica também revelou a existência de um grupo no Facebook administrado por agentes e ex-agentes da Patrulha de Fronteira. Nele, há comentários jocosos e insultos aos imigrantes, assim como aos congressistas contrários ao programa anti-imigração do presidente Donald Trump.

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    Fluxo migratório

    Segundo autoridades mexicanas e americanas, o fluxo recorde de famílias centro-americanas na fronteira dos Estados Unidos com o México começou a diminuir devido ao aumento dos esforços de repressão do governo de Andrés Manuel López Obrador.

    Citando dados não publicados dos Estados Unidos, o governo do México afirmou que as prisões de imigrantes na divisa diminuíram 30% em junho em comparação ao mês anterior, depois que iniciou uma política de repressão à imigração, parte de um acordo com Washington para evitar possíveis tarifas comerciais.

    O governo mexicano disse que está enviando dezenas de imigrantes centro-americanos — que foram forçados a esperar o processamento de seus pedidos de asilo em seu território, conforme a diretriz americana — de volta para casa em ônibus, partindo da cidade fronteiriça de Juárez.

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    “O esforço do México para controlar o fluxo de imigrantes parece ter interrompido uma tendência crescente”, disse o Ministério das Relações Exteriores do país em um comunicado.

    Depois que as prisões de imigrantes atingiram uma alta mensal de 13 anos em maio, a imigração se tornou claramente o principal tema de Trump e dos pré-candidatos democratas de olho na eleição presidencial de 2020.

    O senador Cory Booker irá “virtualmente eliminar as detenções de imigrantes” se chegar à Casa Branca, disse sua campanha na terça-feira.

    Na semana passada, o presidenciável Julian Castro propôs descriminalizar as travessias na fronteira como maneira de liberar recursos federais e eliminar os milhares de casos que atravancam os tribunais criminais. A iniciativa foi defendida pela colega pré-candidata Elizabeth Warren.

    Trump, por sua vez, procurou angariar apoio para suas políticas, prometendo operações anti-imigrantes depois do feriado de 4 de Julho para prender imigrantes sujeitos a ordens de deportação.

    O presidente, contudo, sofreu um revés na terça-feira, quando um juiz federal de Seattle bloqueou uma manobra do governo para manter milhares de postulantes a asilo sob custódia enquanto pleiteiam seus casos.

    (Com AFP e Reuters)

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