Reféns mortos por engano por Israel seguravam bandeira branca improvisada
Yotam Haim, Samer El-Talalka e Alon Shamriz foram identificados 'erroneamente como uma ameaça' pelo Exército

Os três reféns israelenses mortos por engano pelo Exército de Israel estavam sem camisa e carregavam uma bandeira branca improvisada quando foram atingidos pelos disparos fatais em Gaza, revelou uma investigação militar preliminar neste sábado, 16.
Yotam Haim, Samer El-Talalka e Alon Shamriz, os três na faixa dos 20 anos, haviam sido sequestrados pelo Hamas durante os ataques de 7 de outubro. Segundo um relatório das Forças de Defesa de Israel (FDI), eles tinham conseguido escapar e se aproximavam da área de Shejaiya, em Gaza, quando foram identificados “erroneamente como uma ameaça” pelo Exército.
Os três estavam sem camisa e um deles segurava uma vareta com um tecido branco amarrado. Ao vê-los, um soldado israelense que estava sobre um telhado gritou “terroristas” e abriu fogo contra os homens. Dois deles caíram na mesma hora, enquanto o terceiro conseguiu entrar um um prédio próximo. As forças israelenses entraram no local e mataram o rapaz, apesar de ele ter feito apelos por ajuda em hebraico.
Segundo a investigação, as FDI haviam identificado um prédio com as palavras “SOS” e “Ajuda! Três reféns” gravadas, mas acreditaram que era uma armadilha do Hamas.
Após as FDI terem divulgado detalhes sobre o caso, na sexta, um protesto tomou a região de Kirya, área militar em Tel Aviv. Os manifestantes carregavam cartazes com fotos de reféns levados pelo Hamas e frases como “Tragam eles de volta agora!”.