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Quem vai participar e o que vai ser discutido na cúpula do G7 no Japão

Encontro começa neste fim de semana em Hiroshima, local do primeiro ataque atômico do mundo, no final da Segunda Guerra Mundial

Por Mafê Firpo 18 Maio 2023, 19h06

A cúpula do Grupo dos Setes, também conhecido como G7, acontece neste fim de semana em Hiroshima, Japão, local do primeiro ataque atômico do mundo, no final da Segunda Guerra Mundial. 

Fundado em 1970, o G7 reúne os países mais industrializados do mundo e tem como finalidade a coordenação de estratégias econômicas em escala global. Entre os países integrantes da célebre cúpula estão Japão, Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália e Reino Unido. Representantes da União Europeia também participam da reunião como membros “não elencados”.

+ Macron, Scholz e ONU: A intensa agenda de Lula no Japão, à margem do G7

A cúpula reúne não só os presidentes dos países participantes, mas também outras autoridades não pertencentes ao G7 e organizações internacionais. Assim como o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), os líderes da Austrália, Comores, Ilhas Cook, Índia, Indonésia, Coreia do Sul e Vietnã foram convidados. O convite a estes países foi feito devido a preocupação do primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, de cooperar com os países em desenvolvimento no chamado Sul Global.

Neste ano, espera-se que os países participantes condenem veementemente a guerra na Ucrânia, principalmente depois que o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, confirmou sua participação via videoconferência. 

O encontro também vai focar nas crescentes ameaças da China contra Taiwan. Os líderes também devem propor maneiras de reduzir a dependência econômica e da cadeia de suprimentos das democracias ocidentais em relação ao grande asiático.

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+ O que esperar da viagem de Lula à cúpula do G7, no Japão

 As boas-vindas aos líderes será realizada nesta sexta-feira no Parque da Paz de Hiroshima, seguida de uma visita ao museu da bomba atômica. Também é provável que uma reunião com sobreviventes da bomba atômica ocorra.

A decisão de realizar o encontro no Memorial da Paz de Hiroshima parte de uma tentativa do primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, de instigar as lideranças no retorno ao debate sobre o uso de armas nucleares. É também parte do plano do premiê, que é natural de Hiroshima, conduzir os participantes da reunião pelo museu do local, que expõe conteúdos gráficas sobre o lançamento de bombas atômicas americanas na cidade japonesa, em 1945. 

Em meio à guerra na Ucrânia e a saída da Rússia do tratado Novo Start, que regulava arsenais nucleares, a preocupação da comunidade internacional sobre o tema alcança outro patamar. No entanto, apesar de retirar o país do acordo, a administração de Vladimir Putin, presidente russo, alega que pretende respeitar os limites estabelecidos por enquanto.

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+ Ex-líderes mundiais pedem ao G7 que retome controle de armas nucleares

“Acredito que o primeiro passo para qualquer esforço de desarmamento nuclear é fornecer uma experiência em primeira mão das consequências do bombardeio atômico e transmitir com firmeza a realidade”, disse Kishida durante uma visita a Hiroshima para observar os preparativos para a cúpula.

Na quarta-feira, um conjunto de ex-líderes mundiais, ministros da Defesa, especialistas nucleares e diplomatas solicitaram que os membros do G7 procurem avançar no controle do uso de armas nucleares em conflitos, de acordo com o jornal britânico. Entre os signatários de uma carta entregue às autoridades estão Ernesto Zedillo, ex-presidente do México, Helen Clark, ex-primeira-ministra da Nova Zelândia e Ingvar Carlsson, ex-primeiro-ministro da Suécia.

Esta cúpula também é a primeira que o Brasil é convidado em 15 anos e o próprio Kishida requisitou a presença de Lula por meio de u telefonema feito em abril.

Ao longo da viagem, Lula pretende discutir tópicos como segurança alimentar, ações de combate às mudanças climáticas, fortalecimento do sistema mundial de saúde e a guerra na Ucrânia, segundo o Planalto. Dentro da agenda do presidente também há uma série de reuniões bilaterais, com nomes como o próprio Kishida, o presidente francês, Emmanuel Macron, o chanceler alemão, Olaf Scholz, e o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres.

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