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Quem são os ‘super contaminadores’ do coronavírus?

Um britânico de 53 anos contaminou ao menos onze pessoas no Reino Unido com a nova doença sem nunca ter ido à China

Por Da redação
Atualizado em 11 fev 2020, 13h39 - Publicado em 11 fev 2020, 13h00
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  • Um homem de 53 anos identificado como Steve Walsh, de 53 anos, contaminou ao menos onze pessoas no Reino Unido com o novo coronavírus sem nunca ter ido à China, segundo informações do Serviço de Saúde Nacional britânico, o NHS. O rapaz vem sendo tratado pela imprensa mundial como um “super contaminador”.

    O termo refere-se a pessoas que tem maior capacidade de transmitir infecções. Isto porque nem todos os seres-humanos são iguais quando se trata de contaminação de doenças infecciosas. Na verdade, foi estabelecido pela ciência há mais de duas décadas que por volta de uma em cada cinco pessoas transmite infecções com mais facilidade do que a maioria.

    Este serio o caso de Walsh, que teria sido contaminado durante uma viagem para Singapura, onde participou de uma conferência com a sua empresa. Antes de voltar para casa, ele passou alguns dias nos Alpes Franceses e depois em Maiorca, na Espanha. Ele transmitiu o vírus para cinco pessoas no Reino Unido, outras cinco na França e para uma outra na ilha espanhola.

    O britânico foi diagnosticado com a doença no dia 6 de fevereiro. Em um comunicado divulgado nesta terça-feira, 11, Walsh afirmou que já está “totalmente recuperado”, mas ainda está de quarentena por precaução. “Gostaria de agradecer ao NHS pela ajuda e cuidado”, disse.

    Por que uma pessoa se torna um “super contaminador”?

    Há muitas teorias, mas nenhuma resposta definitiva para explicar como uma pessoa se torna um “super contaminador”. Alguns pesquisadores acreditam que há uma relação com o sistema imunológico do propagador, que pode não ser tão bom em combater o vírus. Por outro lado, especula-se que a imunidade dessas pessoas possa ser tão boa que elas mesmos não sentem os sintomas e, por isso, não se isolam e espalham a doença.

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    Porém, provavelmente,há uma relação com múltiplos fatores, entre eles o fato do indivíduo ter sido infectado por uma dose maior do vírus ou por mais de um agente patogênico. Uma coisa é certa: é impossível saber quem será o próximo “super contaminador”.

    Casos como o de Walsh já foram registrados em epidemias de outras doenças. Em 2015, um paciente transmitiu a Síndrome Respiratória do Oriente Médio (Mers) para 82 pessoas em um hospital na Coreia do Sul. Acredita-se também que duas pessoas tenham sido responsáveis por infectar outras 50 com Ebola na República Democrática do Congo em 1995.

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