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‘Quando é preciso ser rápido’: fabricante de elevador usado no roubo ao Louvre viraliza com propaganda

Campanha com equipamento usado no furto de joias napoleônicas dividiu opiniões entre internautas sobre humor e insensibilidade

Por Júlia Sofia SEGUIR SEGUINDO 24 out 2025, 17h02

Sistema usado por ladrões para invadir o Museu do Louvre: assaltantes usaram elevador instalado em caminhão para entrar e depois fugiram em motos (Dimitar DILKOFF/AFP)

A empresa alemã Böcker, fabricante do elevador de móveis usado no audacioso roubo ao Museu do Louvre, em Paris, transformou o equipamento em peça publicitária — e viralizou. A campanha, lançada nas redes sociais, exibe a imagem do modelo Agilo acompanhada do slogan “Quando é preciso agir rápido”, em alusão direta ao crime que abalou o museu mais famoso do mundo.

wewewew — Propaganda da Böcker brinca com roubo ao Louvre (Böcker/Reprodução)

O texto promocional destaca o desempenho da máquina: “Quando é preciso ser rápido, o Böcker Agilo transporta tesouros de até 400 quilos a 42 metros por minuto — silenciosamente, graças ao motor elétrico de 230 V.” A publicação, divulgada no início da semana nos perfis oficiais da empresa no Instagram e no Facebook, ultrapassou 1,7 milhão de visualizações e dividiu opiniões. Parte do público elogiou o humor ousado; outros classificaram a estratégia como de extremo mau gosto.

Em entrevista ao jornal britânico The Guardian, a diretora de marketing da Böcker, Julia Scharwatz, contou que ela e o marido, Alexander Böcker, presidente da companhia e neto do fundador, ficaram “chocados” ao ver o produto nas imagens do crime. “Quando percebemos o que havia acontecido, achamos terrível, pois usaram nosso equipamento de forma criminosa. Mas, depois que soubemos que ninguém ficou ferido, começamos a fazer algumas piadas e pensar em slogans engraçados”.

Segundo ela, o elevador havia sido vendido anos antes a uma empresa de locação em Paris. Os ladrões teriam se passado por clientes interessados e roubaram o equipamento durante uma demonstração.

Em apenas sete minutos, assaltantes invadiram, pela janela, o primeiro andar do Louvre, acessando a Galeria Apollo e fugindo em scooters pelas margens do rio Sena. O grupo levou cerca de US$ 102 milhões em joias napoleônicas, incluindo peças da coroa francesa, entre elas, um colar de diamantes e esmeraldas da imperatriz Maria Luísa e uma coroa da imperatriz Eugênia, adornada com mais de 1.300 diamantes e 56 esmeraldas.