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Putin propõe aos EUA acordo de ‘não interferência’ eleitoral

Em meio às inúmeras acusações do Ocidente contra a Rússia por ataques cibernéticos e campanhas de desinformação, Putin pede fim das 'divergências políticas'

Por Da Redação
25 set 2020, 16h25

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, propôs nesta sexta-feira, 25, uma troca de promessas de “não interferência” ao governo dos Estados Unidos. O líder russo também sugeriu uma cooperação na área de tecnologia para promover um pacto de não agressão no setor.

A proposta surge em meio a acusações contra o governo Putin feitas pelo Ocidente em relação ao envenenamento do principal opositor ao Kremlin, Alexei Navalny – o que Moscou nega.

Em um comunicado, Putin propõe a Washington “trocar garantias mútuas de não interferência, incluindo nos processos eleitorais”, alcançar um acordo em um “conjunto de medidas práticas” e um pacto mundial contra as agressões que utilizam “tecnologias da informação e comunicação”.

A iniciativa precede a eleição presidencial nos Estados Unidos, em 3 de novembro, na qual o presidente Donald Trump enfrenta o candidato democrata Joe Biden.

“Um dos maiores desafios estratégicos do mundo contemporâneo é o risco de um confronto em larga escala no setor digital. Uma responsabilidade particular para evitá-lo cabe aos principais atores da segurança mundial na área da informação”, escreve Putin.

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A Rússia é acusada há vários anos de utilizar hackers e fazendas de trolls na Internet para influenciar processos eleitorais no Ocidente com informações falsas. O país é suspeito, em particular, de apoiar a candidatura de Trump e favorecer sua vitória em 2016. Mais recentemente, o Kremlin também foi acusado de tentar influenciar a atual corrida à Casa Branca.

Além disso, a França acusou a Rússia de tentar desestabilizar a candidatura do atual presidente Emmanuel Macron, enquanto o Reino Unido acusou Moscou de interferências a favor do Brexit.

Ao longo dos últimos anos, vários cidadãos e entidades russas foram sancionados pelos Estados Unidos por conta de tentativas de interferência, vinculadas aos serviços secretos russos. Os gigantes da tecnologia, como Facebook, Twitter, Google e Microsoft, também se mobilizaram para aumentar os alertas sobre ataques de hackers e operações de propaganda desmanteladas.

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A Rússia também foi acusada de liderar ataques cibernéticos a instituições ocidentais, como a câmara baixa do Parlamento alemão e autoridades do governo da chanceler alemã, Angela Merkel.

O Kremlin nega todas as acusações e culpa o Ocidente de promover uma guerra de desinformação contra a Rússia.

“Não sejamos reféns de nossas divergências políticas”, disse Putin no comunicado.

(Com AFP)

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