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Putin diz que Rússia não precisa de armas nucleares para vencer na Ucrânia

No Fórum Econômico Internacional de São Petersburgo, presidente russo acrescentou que uso dos dispositivos aconteceria apenas em "caso excepcional"

Por Da Redação
Atualizado em 7 jun 2024, 17h06 - Publicado em 7 jun 2024, 16h37
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  • O presidente da Rússia, Vladimir Putin, disse que a revolta do Grupo Wagner é uma "punhalada nas costas" e que todos os rebeldes serão punidos
    O presidente da Rússia, Vladimir Putin (TASS/Divulgação)

    O presidente da Rússia, Vladimir Putin, disse nessa sexta-feira, 7, que não precisará utilizar armas nucleares para arrematar a vitória na guerra na Ucrânia. Em uma sessão do Fórum Econômico Internacional de São Petersburgo, ele descartou a possibilidade após ser questionado por um analista russo se o país deveria disparar uma “pistola nuclear apontada para a cabeça” do Ocidente na Ucrânia, em referência ao uso de armas ocidentais por tropas ucranianas no campo de batalha contra Moscou. 

    “O uso é possível em um caso excepcional – no caso de uma ameaça à soberania e à integridade territorial do país. Não creio que tal caso tenha ocorrido. Não existe tal necessidade”, respondeu Putin.

    A declaração ocorre em meio à escalada de tensão entre a Rússia e países da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), maior aliança militar ocidental. Na semana passada, Alemanha e Estados Unidos deram sinal verde para que a Ucrânia use armas doadas por seus governos contra alvos russos para a defesa de Kharkiv, segunda maior cidade ucraniana que entrou na mira do Kremlin no último mês. Segundo o senador republicano Mike Rounds, membro do Comitê de Serviços Armados do Senado, equipamentos militares americanos já entraram em ação nas linhas de frente.

    + Rússia cita ‘consequências fatais’ se Kiev fizer ataques com armas dos EUA

    Ameaças de Putin

    O tom adotado nesta sexta-feira difere das ameaças feitas por Putin ao longo da semana. Na quarta-feira, ele alertou a Alemanha de que o uso de armas doadas por Berlim a Kiev contra o território russo representaria um “passo perigoso” para a escalada da guerra, iniciada em fevereiro de 2022. A repórteres, também destacou que a ação “marcaria o seu envolvimento direto na guerra contra a Federação Russa”, e que se reservava do “direito de agir da mesma forma”. Ou seja, poderia conceder armas a inimigos do Ocidente para que ataquem alvos em seus territórios.

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    Os alertas foram ecoados pelo vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Ryabkov. No fórum, ele advertiu os Estados Unidos de que enfrentarão “consequências fatais” caso não revoguem a permissão dada à Ucrânia. “Peço a estas figuras [nos EUA] para gastarem parte do seu tempo, que aparentemente gastam em algum tipo de videogame a julgar pela leveza de sua abordagem, no estudo detalhado do que foi dito por Putin”, acrescentou ele.

    Em fevereiro, Putin ameaçou o Ocidente com o uso desses dispositivos, capazes de causar a “destruição da civilização”, após o presidente francês, Emmanuel Macron, ponderar sobre o envio de tropas da Otan ao campo de batalha ucraniano. A declaração, que teria sido “tirada de contexto”, segundo o Kremlin, faz parte do rol de alertas nucleares do líder russo desde o início guerra na Ucrânia.

    Ao todo, a Rússia detém de 5.880 ogivas, dentre as quais 1.674 são operacionais, 2.815 estão estocadas e 1.400 foram aposentadas. O contingente é um pouco maior em comparação ao dos Estados Unidos, que somam ao menos 5.244 ogivas. Eles são seguidos por China (410), França (290) e Reino Unido (225). Ou seja, dos cinco maiores detentores de armas nucleares, três integram a Otan, fonte de dor de cabeça para Moscou.

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