Putin decreta expansão que deixará Exército da Rússia maior que dos EUA e Índia
Ordem de aumento nas fileiras é a terceira desde a invasão russa à Ucrânia, em fevereiro de 2022
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, decretou nesta segunda-feira, 16, que o tamanho do Exército da Rússia seja expandido em 180.000 soldados, chegando a 1,5 milhão de membros da ativa. A ordem de aumento nas fileiras é a terceira desde a invasão russa à Ucrânia, em fevereiro de 2022.
Segundo o decreto, publicado no site do Kremlin, o tamanho das Forças Armadas passará a ser de 2,38 milhões de pessoas, incluindo os 1,5 milhão de membros da ativa.
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Desde 2022 foram dois outros aumentos: 137.000 e 170.000. Nenhuma nova mobilização está planejada por agora, segundo o Kremlin, e a ideia é continuar com voluntários que se alistam para lutar na Ucrânia por contratos lucrativos.
Se os números esperados por Putin foram cumpridos, a Rússia pode ter o segundo maior Exército do mundo em número de soldados na ativa, atrás apenas da China, que tem 2 milhões, segundo estimativas do centro de pesquisas britânico International Institute for Strategic Studies. Índia e Estados Unidos ficariam logo atrás de Moscou, com 1,47 e 1,32 milhão, respectivamente.
Apesar do anúncio, os números em torno do Exército russo são frequentemente nebulosos, principalmente quando se fala do número de mortos na Ucrânia. Segundo dados de agências de inteligência ocidentais, como Estados Unidos e Reino Unido, publicados pelo jornal americano The New York Times, mais de mil soldados russos foram mortos por dia em maio na guerra. O alto número de baixas é reflexo do estilo militar brutal adotado pelo Exército russo, que repetidamente envia novos soldados para confrontos sangrentos nas linhas de frente em território ucraniano.
A perda exponencial de soldados russos é rapidamente suprida no campo de batalha. Ao mês, Moscou recruta de 25.000 a 30.000 novos soldados — iniciativa impensável para Ucrânia, dona de uma população de cerca de 38 milhões, contra 144 milhões da Rússia.
Para compensar a escassez, Kiev adotou uma nova estratégia no final de maio: recrutou 4.000 prisioneiros para lutar contra as tropas de Moscou. A participação de condenados por crimes graves, porém, não foi permitida, como assassinato de duas ou mais pessoas, crimes sexuais e traição.