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Protestos marcam a breve visita de Joe Biden à Palestina

Presidente dos EUA promete 300 milhões de dólares em assistência aos palestinos

Por Duda Gomes Atualizado em 15 jul 2022, 13h47 - Publicado em 15 jul 2022, 13h41

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, foi recebido por pequenos protestos ao visitar Jerusalém Oriental na manhã desta sexta-feira, 15. Os manifestantes seguravam cartazes dizendo que Biden não era bem-vindo na Palestina e imagens da jornalista palestino-americana, Shireen Abu Akleh, morta no conflito na Cisjordânia, que os Estados Unidos alegaram ser um acidente.

+Investigação da ONU conclui que jornalista foi morta por forças de Israel

Os protestantes demonstravam indignação pelo fracasso de Biden em conter a construção de assentamentos israelenses e para cessar a violência de colonos contra palestinos na Cisjordânia ocupada, apesar de uma mudança acentuada de retórica após o mandato de Donald Trump, que apoiou a direita israelende contra palestinos.

Nesta sexta-feira, o presidente visitou o hospital local Augusta Victoria – que atende palestinos – onde prometeu 300 milhões de dólares em assistência, antes de viajar para Belém, localizada na parte central da Cisjordânia, para se encontrar com o presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, e visitar a Igreja da Natividade.

“Palestinos e israelenses merecem medidas iguais de liberdade, segurança, prosperidade e dignidade”, disse Biden em um discurso no hospital. “O acesso à saúde, quando você precisa, é essencial para viver uma vida digna para todos nós”.

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+EUA e Israel fazem acordo para impedir Irã de fabricar armas nucleares

A promessa do presidente americano não foi suficiente para os palestinos. Desde que chegou no Oriente Médio, Biden já disse duas vezes que não acredita que a paz entre as nações seja possível “no curto prazo”. Ele também não cumpriu a promessa de reabrir uma missão americana em Jerusalém Oriental, fechada por Donald Trump, que rompeu com décadas de diplomacia ao reconhecer Jerusalém como capital de Israel.

Já em Belém, era possíver ver outdoors e telas digitais, colocadas pelo grupo israelense de direitos humanos B’Tselem, que diziam “Senhor presidente, isso é apartheid”. Alegação esta feita por várias grandes organizações de direitos humanos, mas que Israel rejeita.

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Nesta tarde, o Air Force One fará o primeiro voo direto de Tel Aviv para a Arábia Saudita, onde o objetivo do presidente é convencer os produtores de hidrocarbonetos do Golfo a aumentar a oferta para acalmar os mercados globais de petróleo abalados pela guerra na Ucrânia.

Ele também buscará construir laços políticos entre Israel com as nações árabes, que compartilham um inimigo comum no Irã.

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