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Protesto contra o G20 acaba em violência na Alemanha

Policiais utilizaram canhões de água e spray de pimenta para dispersar os manifestantes

Por Da redação
Atualizado em 7 jul 2017, 15h48 - Publicado em 6 jul 2017, 17h53

Um dia antes do início da reunião de cúpula do G20, manifestantes entraram em choque com a polícia nas ruas de Hamburgo, na Alemanha, onde acontecerá o encontro. A polícia alemã, nesta quinta-feira, fez uso de canhões de água e spray de pimenta para dispersar grupos identificados como violentos que se misturaram a uma marcha convocada pela esquerda contra a realização da cúpula.

Os policiais, presentes com um forte contingente no local da concentração e ao longo de todo o percurso previsto, interromperam a marcha pouco depois do começo, quando manifestantes mascarados vestidos de preto arremessaram garrafas e outros objetos na direção da tropa de choque. A polícia informou pelo Twitter que quinze policias ficaram feridos e três tiveram de ser levados a um hospital.

Com o lema “Bem-vindos ao inferno” (Welcome to hell, em inglês), a manifestação é considerada pelas autoridades locais como uma das mais importante entre as mais de vinte previstas para acontecer na cidade nos próximos dias. À frente da marcha, um grande cartaz pedia para “esmagar o G20” (Smash G20). Ela foi convocada por grupos anticapitalismo que dizem que o G20 falhou em resolver muitas questões que ameaçam a paz mundial. O objetivo dos organizadores era rodear o Palácio dos Congressos, onde estão as delegações da reunião.

Confronto esperado

Cerca de 20.000 policiais de várias partes da Alemanha com cães, cavalos e helicópteros e 7,8 quilômetros de barreiras de aço foram deslocados para Hamburgo como medida antiterrorismo e para evitar a violência nas manifestações. Autoridades de segurança disseram que das 100.000 pessoas de toda a Europa esperadas nos protestos, até 8.000 serão “anarquistas e radicais de esquerda” cujo objetivo principal é perturbar o encontro.

Cúpulas de líderes mundiais normalmente são ocasiões rigorosamente coreografadas que deixam pouco espaço para o acaso. São realizadas em locais blindados contra manifestantes, e as diferenças de políticas são atenuadas por enviados atrás de portas fechadas com grande antecedência. Mas essa reunião será diferente.

A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, fez uma aposta de alto risco ao decidir realizar a cúpula no centro da cidade portuária do norte alemão, sua cidade natal, em parte para mostrar ao mundo que grandes protestos são tolerados em uma democracia saudável, mas criou grandes desafios para a polícia.

No front político, a líder do país anfitrião está determinada a não ceder terreno ao presidente dos Estados UnidosDonald Trump, em relação a temas como mudanças climáticas,  comércio e  imigração, possivelmente preparando o cenário de um embate público incomum. As relações da chanceler com outros dois dos participantes mais destacados, o presidente russo, Vladimir Putin, e o líder turco, Recep Erdogan, também estão tensas.

Antes da cúpula, o governo alemão ressaltou o fato de que os manifestantes terão oportunidade de expressar sua oposição ao evento. A mensagem a líderes como Trump, Putin e Erdogan é clara: a tolerância com a discordância pública é um pilar de uma democracia aberta e confiante. Se não conseguir controlar a violência nas manifestações, a aposta da chanceler custará caro. Merkel, que está no meio de uma campanha para uma eleição nacional, não pode se dar ao luxo de criar ensejo para imagens de caos e desarmonia.

(com agências internacionais)

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