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Promotoria pede 30 anos de prisão para ex-presidente sul-coreana

Park Geun-hye foi deposta em março de 2017 acusada de corrupção, suborno, abuso de poder e vazamento de segredos de Estado

Por EFE
27 fev 2018, 10h40

A promotoria do Distrito Central de Seul pediu, nesta terça-feira, 30 anos de prisão para a ex-presidente da Coreia do Sul, Park Geun-hye, pelo seu envolvimento no caso de corrupção da “Rasputina“, que culminou com sua cassação e prisão preventiva há quase um ano.

Park, de 66 anos, em abril do ano passado, recebeu 18 acusações que incluem corrupção, suborno, abuso de poder e vazamento de segredos de Estado.

A Promotoria acredita que Park e sua amiga Choi Soon-sil, conhecida como “Rasputina”, extorquiram pouco mais de 50 milhões de dólares de diversas empresas, entre elas a Samsung, em troca de obter um tratamento favorável do governo sul-coreano.

Além da pena de prisão, os promotores exigem a Park que pague uma multa de 118,5 bilhões de wons (cerca de 110,5 milhões de dólares).

A ex-presidente não assistiu à última sessão do julgamento, argumentando que tanto o processo, quanto a sua prisão preventiva implicam uma violação de seus direitos fundamentais.

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O Tribunal Constitucional destituiu Park no dia 10 de março do ano passado, após ratificar uma resolução adotada pela Assembleia Nacional em dezembro de 2016. Vinte dias depois, ela foi presa por ordem de um tribunal de Seul e desde então segue atrás das grades, aguardando o fim do julgamento.

A conservadora Park Geun-hye sofreu impeachment e sua cassação motivou a antecipação das eleições para maio, onde venceu o liberal Moon Jae-in. Park havia vencido as eleições de 2012 e possuía amplo apoio dos conservadores que haviam apoiado seu pai, o ditador anticomunista, Park Chung-hee, considerado por eles um herói que resgatou a Coreia do Sul após a devastação da Guerra das Coreias. Por outro lado, críticos o viam como um ditador que torturou dissidentes.

Por sua parte, Choi Soon-sil, de 61 anos, foi condenada a 20 anos de prisão e a pagar uma multa de 18 bilhões de wons (cerca de US$ 16,7 milhões) há quase duas semanas, mas seus advogados apelaram a sentença.

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