Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Programa hacker israelense invadiu sistemas de 10 países, diz Microsoft

Ferramentas foram usadas contra jornalistas, figuras de oposição e organizações não governamentais na América do Norte e Europa

Por Da Redação
11 abr 2023, 20h00

Um relatório publicado nesta terça-feira, 11, pela Microsoft e pela desenvolvedora de softwares Citizen Lab, da Universidade de Toronto, afirma que ferramentas de hacking de uma empresa israelense foram usadas contra jornalistas, figuras de oposição e organizações não governamentais em pelo menos 10 países, incluindo na América do Norte e Europa

Segundo o relatório da Citizen Lab, diversas vítimas da sociedade que foram identificadas tiveram seus iPhones hackeados enquanto usavam um software de vigilância desenvolvido pela empresa israelense QuaDream, uma concorrente da também israelense NSO Group, colocada na lista negra do governo dos Estados Unidos por acusações de abuso.

Em documento, a Microsoft afirma acreditar com “alta confiança” que o spyware estava “fortemente ligado a QuaDream”. A conselheira geral associada da Microsoft, Amy Hogan-Burney, afirmou em um comunicado que grupos de hackers mercenários continuam a prosperar “nas sombras” e que divulgá-los é extremamente essencial “para interromper essa atividade”.

Até o momento, a QuaDream não se pronunciou sobre as alegações. Em 2022, a agência de notícias Reuters publicou que a empresa havia desenvolvido anteriormente uma ferramenta de hacking sem necessidade de interação, semelhante aos programas implantados pela NSO.

+ Israel ataca Síria em retaliação a lançamento de mísseis

Essas ferramentas de invasão sem necessidade de interação, conhecidas como “zero-click”, são valorizadas por criminosos, espiões e agências da inteligência porque podem comprometer dispositivos remotamente sem que o proprietário precise abrir algum link ou baixar algum arquivo corrompido.

Apesar das descobertas, nem o Citizen Lab nem a Microsoft identificaram os alvos do software da QuaDream, no entanto, as alegações podem ser prejudiciais para a empresa. Os relatório foram divulgados logo após o anúncio de repressão à indústria internacional de spyware pelo presidente dos EUA, Joe Biden. 

Em março, por exemplo, a Casa Branca anunciou que iria restringir a compra de software de vigilância por agências americanas se os programas estivessem sendo usados por governos repressivos no exterior. 

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.