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Prisão perpétua para autor de atentado com bomba em Nova York

Ahmad Rahimi implantou dois explosivos no bairro de Chelsea em setembro de 2016, ferindo 31 pessoas

Por AFP
14 fev 2018, 12h20

O americano de origem afegã Ahmad Rahimi, que se inspirou em Osama bin Laden e foi condenado por um atentado com bomba que deixou 31 feridos em setembro de 2016 em Manhattan, foi sentenciado nesta terça-feira à prisão perpétua.

Um júri popular declarou em outubro passado Rahimi culpado de oito delitos, incluindo utilização de arma de destruição em massa e colocação de uma bomba em local público. A investigação descobriu que o terrorista implantou dois explosivos artesanais no frequentado bairro de Chelsea, no coração de Manhattan, em 17 de setembro de 2016.

Uma delas não explodiu, mas a outra, escondida em uma lixeira na Rua 23, feriu 31 transeuntes, semeando pânico na principal cidade dos Estados Unidos. Foi o primeiro atentado em Nova York depois dos ataques de 11 de setembro de 2001, que derrubaram as Torres Gêmeas.

Rahimi foi preso dois dias depois, em um tiroteio com a polícia em que ficou ferido com gravidade. Em um diário pessoal que levava consigo, elogiava Osama bin Laden e o recrutador da Al-Qaeda nascido nos Estados Unidos, Anwar al Awlaki.

O réu, de 30 anos, que chegou aos Estados Unidos com sua família em 1995 e que obteve a cidadania americana em 2011, se pronunciou durante a audiência de terça para contar que se radicalizou depois de sofrer discriminações por se vestir como muçulmano praticante, principalmente quando viajava de avião. “Não odeio ninguém”, assegurou o réu. “Mas compreendo por que há tantas frustrações entre os países muçulmanos e os americanos”.

“Estou aqui há mais de 20 anos, tinha amigos americanos e amigos muçulmanos”, explicou, acrescentando que quando se converteu ao islamismo e começou a se vestir conforme prega a religião, essas relações se degradaram.

“Fui agredido pelo FBI no aeroporto, quando viajava para a República Dominicana como turista e detido quando voltava de uma viagem ao Paquistão apenas por causa de minha roupa”, afirmou ainda. “Nunca havia sido discriminado por minha religião, até que comecei a praticá-la!”, protestou.

Contudo, o juiz responsável pelo caso não se deixou impressionar. “Não há nenhuma comparação entre as recriminações que você possa ter sofrido e os atos que cometeu”, afirmou. “A conclusão ineludível é que você continua sendo extremadamente perigoso e hostil”, acrescentou.

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“Os crimes foram odiosos, potencialmente mortais, apesar de, felizmente, não matar ninguém”, enfatizou. “A prisão perpétua é uma maneira de nos assegurarmos que não poderá voltar a fazer isso”.

O advogado de Rahimi, Xavier Donaldson, pediu em vão ao juiz que usasse sua margem de manobra para limitar a pena a 15 anos de prisão para os delitos que não implicavam prisão perpétua. Destacou principalmente que a sentença não serviria para dissuadir outros aspirantes a jihadistas.

Desde a prisão de Rahimi, outros dois lobos solitários realizaram atentados em Nova York. Um motorista bengali detonou uma bomba em um túnel do metrô em dezembro passado, com um saldo de quatro feridos, incluindo o próprio.

Em 31 de outubro de 2017, um imigrante uzbeque, inspirado pelo grupo Estado Islâmico, matou oito ciclistas que passeavam por Chelsea ao atropelá-los com uma van alugada, cinco deles amigos argentinos que viajavam juntos.

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